domingo, 22 de junho de 2014

Campeonato do Mundo de Futebol

Não sou grande adepto de futebol mas sou um Português dos quatro costados e, como tal, estou a torcer para que Portugal ganhe aos estados Unidos e ganhe ao ao Gana para passar aos quartos de final deste Campeonato do Mundo.
Esta selecção é muito boa e tem jogadores que nos seus clubes, no estrangeiro a maioria deles, são referências internacionais mas, há sempre um mas, parece que os jogadores tem gosto em fazerem sofrer os portugueses. O jogo com a Alemanha  foi um desastre total e absoluto.
Azares com lesões, expulsões inaceitáveis, e uma derrota desonrosa.
Vamos ter Fé e confiança que hoje com os EUA vai ser diferente e vamos nós, não humilhar, mas ganhar.
Assim esperamos e que todos façam o seu dever.

sábado, 7 de junho de 2014

Portugal traído...

Já os Romanos diziam que este povo nem se governa nem se deixa governar. Os Romanos nunca nos conheceram bem. Eventualmente conheceram a parasitagem que se acotovelava na manjedoura da Corte ou dos Senhores Feudais.
O povo sempre foi humilde, trabalhador, honesto, cumpridor dos seus deveres, pouco exigente com os seus direitos.
Este povo sempre foi fácil de governar e até de domesticar. Raramente levanta a cabeça para enfrentar o carrasco. Dificilmente é insolente para quem o explora, o rouba, o trai, o despreza.
Este povo teve referências que se habituou a reverenciar. Teve beneméritos a quem soube sempre, agradecer. Teve heróis a quem sempre honrou e valorizou.
Mas, como é do bom vinho que se faz o melhor vinagre, também o povo está a azedar. Vê-se na redução de dádivas para o Banco Alimentar. É da crise, dirão, mas não é só. No passado ano a crise estava aí em pleno e em força e a generosidade veio ao de cima.
A abstenção está em níveis nunca vistos. Dirão que é a austeridade que tira a vontade de escolher os deputados. Poderão dizer, também, que os políticos são todos iguais e, por isso, não merecem qualquer esforço para se ir votar.
Tudo boas razões para justificar o que não precisa, sequer, de justificação. São verdades e estas são como punhais, certeiros.
Porém, para nós, é o Povo que está a ficar azedo. Estar a deixar vir ao de cima a sua raiva, contida durante muitos anos. Está a ficar farto de tanta vilania, de tanta baixeza, de tanta podridão, de tanta corrupção, de tanto desvario de uns, poucos, e de tanto sacrifício de muitos. E, se em determinada altura desanimou agora quer justiça, célere, cega, surda e igual para todos.
Por isso já não respeita o Presidente da República. Já não considera a Assembleia da República. Já não confia nos Tribunais. Já não espera nada dos Militares que estão acorrentados à ineficácia e à carência de meios que os pudessem sublevar.
Perante este retrato, cruel, mas real, resta-lhe a Rua, as palavras de ordem e o desprezo pela política, ou melhor, pelos políticos. Por isso não vota. Por isso insulta. Por isso desrespeita.
No Governo é o que se sabe. Continuam a viver à tripa forra, a beneficiar os correlegionários, a comprar viaturas de alta gama, a ter assessores, secretárias, motoristas, consultores, às carradas, sem critério, sem pudor e, para que tal possa acontecer, sacrifica os que estão mais à mão: funcionários públicos e reformados e pensionistas da função pública.
Depois fazem umas birras perante os Portugueses dizendo que a culpa é do Tribunal Constitucional.
Este fica zangado porque o Governo é ingrato. E ambos têm razão, não é verdade?
Então o Governo queria fazer todas as asneiras que lhe aprouvesse e não queria que ninguém lhes dissesse que são incompetentes, incapazes, inconstitucionais, e que não respeitam os direitos de igualdade, quer nas benesses, quer nos sacrifícios. Que há uns portugueses de primeira, que enriquecem escandalosamente e outros que empobrecem, dia-a-dia, tristemente, chegando a passar fome. Esta realidade o Governo não quer que apareça na opinião pública porque eles, na sua óptica, são os melhores do mundo, são heróis que só fazem o melhor para o povo e este, ingrato, não reconhece.
O Tribunal Constitucional fica zangado com o Governo pois até considerou que sendo inconstitucional a Lei que o Governo apresentou esta, só o é de Junho em diante, até aí, apesar de o ser os Meritíssimos até consideram que podem fechar os olhos e fazer com que não seja e mesmo assim o Governo ainda os ataca. Não há direito. Tanta ingratidão é lamentável.
O maior Partido da Oposição até ganhou as eleições há cerca de 15 dias mas mesmo assim, porque não ganhou por muitos, há que substituir o Líder. É como os treinadores de futebol. A equipa anda nas noitadas e não rende, o treinador esforça-se modificando estratégias e mudando tácticas e lá ganha pela margem mínima. Tem que sair. Não rende.
Pela amostra de uns, poucos, argumentos, bem se pode dizer que os Romanos tinham razão quanto à parasitagem. Esta não se governa nem se deixa governar. E, desta vez, terá que ser o Povo a mostrar que é capaz de tomar as rédeas do seu destino.