sábado, 23 de janeiro de 2016

VÉSPERA DE ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

Estamos em dia de reflexão para as eleições presidenciais. Estamos fartos, arrisco a dizer, todos de uma campanha eleitoral tão longa pois já vem desde o primeiro trimestre do ano de 2015. Por eu espero e julgo que o País também espera, que amanhã fique tudo resolvido e não seja necessário uma segunda volta.
Espero que o novo Presidente tenha a coragem de acabar com as mordomias da Presidência da República. Espero que acabe com a caterva de assessores, na sua maioria inúteis, que não tenha primeira dama que é um ornamento dispensável e custa milhares a todos nós. Aspiro a que o Presidente eleito tenha a coragem de promover uma alteração à Constituição para acabar com despesismos inúteis. Para acabar com mordomias de deputados, de membros do governo e dos próprios Presidentes da República que deixaram de o ser.
Não se conhece em País evoluído que um ex-presidente da República continue a ter Gabinete de Trabalho onde lhe apetece, motorista, carro e guarda costas, nalguns casos mais de vinte anos depois de ter exercido os seus mandatos, tudo pago pelos contribuintes. Isto é uma profunda aberração e´, por isso, é preciso que alguém acabado de ser eleito tenha a coragem de acabar com tudo isso. O ex-presidente, como qualquer ex de qualquer outra coisa quando muito deve ter direito a uma pensão para viver com dignidade.
Não sei se esta aspiração será concretizável. Não vi nenhum dos dez candidatos (é uma fartura desta tralha) apresentar um programa exequível. Não se conhecem, pois, os propósitos de qualquer deles, incluindo do que, eventualmente, venha a ganhar. Todos os discursos foram redondos, em torno da Constituição, na perspectiva nela contida de que o seu dever é cumprir e fazer cumprir a dita.
Nas monarquias os reis eram quase como ser destinados pelo Divino e, como tal, tudo lhes era permitido, pelo menos na antiguidade. Hoje os reis existentes, salvo raras excepções, são educados para ser isso mesmo, Reis. Ou seja, são educados para defender e proteger o seu povo de toda e qualquer arbitrariedade.
Nas Repúblicas diz-se que é o povo quem mais ordena. Falácia. Nada de mais errado. Os Partidos manipulam vontades, atribuem ou prometem favores e o povo simples, ignorante e bajulador vai nessa conversa por isso estamos muito pior do que se fossemos uma monarquia.
Para não alongar e porque estou a reflectir se hei-de ir votar e em quem votar ou anular o voto, ficamos por aqui. Seja o que Deus quiser até que a gente, farta de tanta pulhice, gatunagem, privilégios, corrupção -estamos em 5º lugar num universo de 38 Países- como dos países mais corruptos, se lembre de pegar em armas e defender a Pátria com lisura, com honestidade e com ética moral, politica e social.
A ver vamos, como diz o cego.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

OS PULHAS!

Este País não é um Estado de Direito é uma caricatura.
Dizem que vivemos em Democracia e que devemos isso ao 25 de Abril de 1974 e aos Militares de Abril que derrubaram a ditadura. Tenho dúvidas que só a História Livre Independente e Rigorosa dissipará ou confirmará.
E não se venha com a saudade da ditadura que isso é coisa que não temos nem nunca nos identificámos com o regime mas pode e deve-se argumentar com a saudade de uma Justiça igual para todos. Uma Justiça dura e cega. Um tempo de honestidade, de princípios, de valores. Não é conhecida nenhuma Lei que protegesse Ministros, Chefes de Estado, Parlamentares. O dinheiro do contribuinte era considerado sagrado e por isso Salazar morreu pobre. Isto mesmo é afirmado pelo autoproclamado pai da Democracia, Mário Soares.
Agora a pulhice e o abuso do poder é um dado adquirido para quem entra na Política. Foi o 25 de Abril e a burrice dos Militares Corporativos - Capitães que queriam ser generais - que abriram caminho para esse abuso.
Vejam só que Juízes que o não são, em muitos casos, resolveram interpretar a Constituição e considerar como inconstitucional a Lei que retirava as Pensões vitalícias dos Políticos que exerceram funções durante 12 anos. Mas os mesmos juízes acharam bem que os funcionários públicos e os pensionistas pudessem ser espoliados dos seus vencimentos ou pensões porque estávamos em crise.
Agora a Caixa Geral de Aposentações que é resultado e proveito dos descontos de todos os funcionários públicos e pensionistas, muitos deles com mais de quarenta anos de serviço vê-se saqueada de cerca de dez milhões de Euros para pagar retroactivos de  pensões vitalícias a quem, apenas, descontou doze anos.
Se isto não é um roubo digam-me o que é? Se isto não é um abuso de poder e uma malfeitoria da e à democracia digam-me o que é? Se a existência de um Tribunal Constitucional não é uma malfeitoria da e à democracia digam-me o que é?
Se todos estes atropelos a coberto de leis iníquas feita por gente sem escrúpulos e que se diz democrata acontecem então o que lhe podemos chamar? No mínimo aproveitadores de um Poder que lhe é outorgado por tempo limitado. No máximo podemos dizer que são escumalha que se governa em vez de governar o povo. Que se serve e não serve os eleitores.
Neste contexto de que nos valeu ou vale a Democracia? Para podermos aqui falar sem que haja uma PIDE que nos leve presos? Se foi só para isso é muito pouco. Eu quero uma democracia de gente honesta e proba e onde os criminosos sintam que os seus crimes não ficam impunes, pelo contrário, serão punidos com rigor e dureza.
Estamos fartos de Pulhas e como tal exigimos que os candidatos a Presidentes da República sejam garantes dessa honestidade e probidade e não mais um a delapidar o dinheiro dos contribuintes.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

DESPERDÍCIO...

Não sei se estou certo ou errado, o caso é tão estapafúrdio que vai para além da minha compreensão.
Cá no Burgo existe um equipamento que custou milhões e que é indispensável à saúde da população, cada vez mais envelhecida e mais carente em termos físicos e mentais.
Falamos da Piscina Coberta Municipal. Não sendo nada de extravagante como algumas se vêem por esse País fora, satisfaz plenamente as necessidades de populações simples e pouco habituadas a mordomias.
A sua construção deve ter custado uma pipa de massa e a sua manutenção também não deve ser coisa de somenos.
É dos equipamentos que o concelho tem que mais utilizadores tem tido. São as crianças pequeninas a aprender a nadar, são os adolescentes e jovens em idade escolar que praticam natação, são os idosos que, a maior parte por indicação médica, vão fazer hidroginástica para melhorarem a sua qualidade de vida, mantendo alguma mobilidade e flexibilidade e aliviando dores próprias de ossos já cansados.
A tal ponto que, durante anos, até os nossos vizinhos espanhóis vinham usufruir deste equipamento.
O pagamento era bastante módico mas, mesmo assim, era uma receita municipal, que ajudaria nas despesas diárias obrigatórias.
Este ano, sem que nada o fizesse prever, a piscina esteve encerrada até Dezembro passado e agora, tendo aberto, tem horários praticamente incompatíveis a ponto de não ter ninguém fora das Instituições, Escolas e Academia Sénior, inscritas para a tão preciosa hidroginástica.
O Professor que durante anos, cerca de uma dezena, especializado nesta área, assegurou o serviço foi dispensado e encontra-se no Desemprego. Não se valorizou a experiência adquirida e, sabe-se lá porquê os donos da Câmara dispensaram os seus serviços. Não se escandalizem com a palavra "donos" porque estando eu consciente de que o não são pois apenas foram eleitos para administrar o que é nosso, não usam das prerrogativas para que foram eleitos para servirem as populações mas sim para se servirem a si e às suas clientelas, como autênticos donos, sem darem "cavaco" à populaça. Esta só serve para ir votar depois é gente a desprezar.
Pessoalmente não consigo entender estes Senhores que, se imbuídos de Moral e Ética Republicana, saberiam que estão nos lugares para servirem o Povo e não para se superiorizarem a ninguém. Porventura ainda é uma cultura de caciquismo que vem dos tempos de João Franco, um beirão, que foi o último ou dos últimos Ministros do Reino em final da Monarquia Constitucional.
É pena. Porque não só é mau para as pessoas como é péssimo para os detentores do Poder que, independentemente da sua qualidade, competência ou nem uma coisa nem outra, são. em regra arrolados todos pelo mesmo rasoiro, "como sendo todos iguais, o que querem é tacho". Até é possível que haja alguma injustiça nesta generalização, mas factos como aquele que acabamos de descrever leva a que as pessoas deixem de acreditar nos seus líderes. Mais uma vez dizemos: - É Pena. Muita pena.

Zé Rainho

sábado, 9 de janeiro de 2016

Leituras

É um dos meus vícios, ler e analisar o que leio.
Leio sempre mais do que um livro ao mesmo tempo. Felizmente mantenho a capacidade de o fazer sem perder o fio à meada.
As últimas leituras têm-se diversificado por um livro que tenta desvendar alguns segredos da Associações Secretas como a Opus Dei e a Maçonaria. É de arrepiar. Fiquei a saber as opções de algumas pessoas que de há muito estão na ribalta política, na Comunicação Social, no Poder financeiro, nas Universidades, nos Serviços Públicos, nomeadamente nos Serviços Secretos, nas Magistraturas, enfim, em lugares de topo e de decisão que mexe com a vida de todos nós. Já tinha essa percepção mas fiquei com a certeza de que muito pulha que nos tem governado está, de uma forma ou de outra, mais ou menos intensamente, ligado a estas Organizações que são um estado dentro do Estado.
Para lavar o cérebro estou ainda a ler o último livro de Filomena Mónica que nos fala de arte, de viagens, de saber, de cultura, de viagens onde destaca a Renascença sentida em Florença e as alterações sociais no Reino Unido, ou Grã-Bretanha. É uma lufada de ar fresco que importa aspirar para não se morrer intoxicado com tanta podridão.
Pelo meio vou lendo a imprensa diária e semanal onde fico embasbacado com tanta ignorância e tanta falta de profissionalismo do Jornalismo caseiro. Também não deixo de ver TV onde pontificam as vedetas milionárias que com os seus ordenados pornográficos nos ofendem só de aparecerem e nos chocam com as imbecilidades produzidas.
Pelo meio assimilo notícias dúbias do Governo, a dizer sim e não, ficando pelo talvez, na maior parte das vezes. O mesmo acontecendo com a actividade do Parlamento que é um chorrilho de asneiras vindas de todos os quadrantes, o que não deixa de ser preocupante para quem se interessa pelo País e pelos seus naturais.
A finalizar a feira de vaidades da campanha eleitoral para as Presidenciais. Este acontecimento que não deveria existir e que não serve rigorosamente para nada. Independentemente de quem ganhe estas eleições o Presidente ou a Presidente não passará de mais um corta-fitas e de um distribuidor de comendas que nada representam, não servem para coisa nenhuma, e gastam milhões.
Ficamos por aqui hoje.

domingo, 3 de janeiro de 2016

NOVO ANO!

Já estamos em pleno ano de 2016 e, nestas alturas é costume desejarmo-nos, uns aos outros, Felicidade, Saúde, Paz e Sorte - nesta englobamos, quase sempre, uns trocos - para uma vida melhor.
Apesar destes votos, em regra, tudo continua na mesma, com os mesmos hábitos, mesmos costumes e depois continua a lamúria, a queixa e os passa culpas.
Por nós queremos mesmo mudar e, por essa circunstância, usarei todas as ferramentas ao meu alcance para denunciar injustiças, corrupções, desperdício de dinheiros públicos, não poupando os políticos e os seus mais directos colaboradores no roubo ao Estado, os empreiteiros. Sim, os empreiteiros porque estão neles a base de todo o desequilíbrio financeiro do País. Os Bancos são cúmplices e vítimas dos empreiteiros. O Poder autárquico é, igualmente, parceiro e cúmplice dos empreiteiros.
Se têm dúvidas olhemos para as obras que se fazem sem concurso, por ajuste directo, sempre aos mesmos e, em geral, os que pior trabalho fazem, mas que têm na mão os detentores do Poder.
Cá no Burgo há disto em profusão, quer localmente, quer regionalmente.
Concretamente não consigo perceber como um Presidente da Assembleia de Freguesia faz todas as obras públicas na freguesia a que pertence e ninguém diz nada. E não se conhecem os valores envolvidos.
Cá estamos a fazer o que nos comprometemos neste ano novo.