25 DE NOVEMBRO DE 1975
Um povo sem memória é um povo sem futuro. Porque
desejo um futuro melhor para o meu povo, hoje quero falar para os mais novos e,
também para os professores, de todos os níveis e graus de ensino. Não com
moralismos nem como se fosse dono da verdade, ma como modesto contributo de um
cidadão com memória.
Talvez por falta de informação, nas escolas e
universidades, não é raro ouvirmos jovens dizer que não sabem o que representam
muitos dos feriados nacionais. Se estiverem atentos às entrevistas que, às
vezes, as televisões fazem ao público, em geral, verificarão que o próximo dia
1 de Dezembro é um desses feriados desconhecidos, o mesmo se passando com o 5
de Outubro e outros. Parece haver uma certa alienação colectiva. O que importa
é que nesses dias não se trabalha, o motivo, não interessa.
Os feriados são determinados pelos órgãos máximos
do Estado. Mas há dias que não são feriados, que são tão ou mais importantes do
que aqueles que o são, por determinação política.
Hoje é um desses dias. Não é feriado, mas é de
uma relevância fulcral no nosso País e para a esmagadora maioria do nosso povo.
Em 25 de Novembro de 1975, se não fossem uns
militares patrióticos e uns civis esclarecidos, poderíamos ser um satélite
soviético como é o caso de Cuba, por exemplo. Ou podíamos ter entrado numa
guerra civil de proporções inimagináveis, mas com muito sangue derramado.
Por isso devemos lembrar quem foi importante e
quem arriscou a vida e o bem-estar pessoal, em benefício da pátria e do seu
povo. Desde logo o Coronel Jaime Neves, General Ramalho Eanes, coronel Melo
Antunes e muitos outros militares, honrados e patrióticos que, dando o corpo às
balas, conseguiram travar a deriva revolucionário/comunista das Forças Armadas.
Mas também civis, como Mário Soares, Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e
muitos outros que não se acomodaram com a situação.
Dos traidores à Pátria, que tinham na sua
agenda a conquista do poder, para benefício próprio ou do seu grupo, quer civis,
quer militares, não vale a pena falar. Conhecemos os seus nomes, mas são gente
menor, que não merece ficar na História, por isso não vale a pena lembrarmo-nos
deles.
Hoje, em minha modesta opinião, devia ser
feriado nacional e os meios de comunicação social e a Escola, no seu todo, deviam
fazer a apologia deste dia, como um dos mais importantes da democracia
portuguesa. Não o fazem e é pena.
Nós estamos aqui a fazer a parte que nos cabe.
Honra aos heróis vivos ou falecidos, desprezo total e absoluto pelos traidores
que ainda por cá andam ou já entregaram a alma ao Criador.
25/11/2022
Zé Rainho