POEMA AO ZÉ ANDRÉ!
Olha Zé, não te esqueças,
Que a vida te pede meças
Sempre que passam os anos,
Porque o fado desta vida,
Tem de ser bem vivida
E não sofrer desenganos.
Mas, se de fado falamos,
É porque contigo contamos
Para cantá-lo com garra,
Com ou sem uma guitarra.
Mesmo que seja à capela,
Com manjerico na lapela,
Neste dia tão especial!
Que com a família e em casal
Os parabéns te cantarem,
Por oitenta anos se passarem,
Desde o dia em que nasceste.
Os momentos que padecestes.
As aventuras vividas,
Por vezes, em revoltos mares,
Que te feriam os olhares
De algumas ilusões perdidas,
Mas que o teu coração de ouro
Fez-te amealhar o tesouro,
De uma família bem-querida,
Que é a razão da tua vida,
Nos dias que vão passando.
Até quando Deus quiser,
Venha de lá o que vier,
Num futuro de sonho,
Com um final muito risonho,
De um dever total cumprido,
Com algum penar sofrido,
Mas com alegrias bastantes,
Para dar graças constantes,
Ao Deus em que acreditas,
E que no final das desditas,
Te receberá em Seu regaço,
De consolo e de abraço,
Pela eternidade sem fim.
Como qualquer querubim,
Da Sua constelação celeste.
Pelo amor que sempre
deste,
Ao teu irmão semelhante,
E uma amizade constante,
No alívio do sofrimento,
Em toda a hora e momento,
Que a dor te circundava,
E o teu ombro amparava,
Com candura fraternal,
Por vários sítios e no Seixal,
Onde passas teus momentos,
Felizes e com tormentos,
Próprios de qualquer ser mortal,
Numa vivência plural,
De uma amizade sincera,
Com honestidade severa,
E uma ética pura e sadia.
Sempre com grande alegria
De aos outros abraçar,
Na roda da dor ou a cantar.
E para poder terminar,
Esta conversa, simples, banal
Mas, sentida e fraternal,
Abraça-te com carinho
O teu amigo Zé Rainho.
29/09/2023
Zé Rainho
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