Diz o povo que os amigos são para as ocasiões. Seja o que for que queira dizer "ocasiões" o sentido popular está implícito que sejam situações difíceis.
Há outro adágio aqui no meu recanto que diz "na dor e na boda é que vês quem te honra". Tudo isto me fez pensar no conceito de amizade e, mais do que no conceito na sua aplicação prática.
Os leitores mais assíduos já devem ter percebido, até porque já o manifestei, que sou um filho único com quase 67 anos de idade. E, ao contrário do que é vulgar dizer-se, nunca me senti frustrado por esse estatuto. Nem superior, nem inferior. Porquê? Em primeiro lugar porque fui criado numa grande família, composta de seis tios maternos e oito tios paternos. Fui o primeiro neto de ambas as partes logo, o primeiro sobrinho. Recebi dos meus tios o maior carinho, o maior respeito, a máxima consideração que eu retribui de igual maneira e da melhor forma que me foi possível. Os meus primos que são imensos sempre viram em mim um exemplo a seguir. Tanto assim é que os filhos dos meus primos, principalmemente os mais jovens, me chamam tio. Depois, cresci e fiz-me homem no meio de um número, suficientemente, alargado a quem considerei e considero AMIGOS, sendo retribuído com igual epíteto e manifestações de carinho.
Esta noite e hoje, não me sai da cabeça, uma AMIGA recente que me parece estar a atravessar um momento difícil, complicado e, por mais que eu queira esquecer, não consigo. Estou aflito. Sinto um aperto no coração. Queria estar perto. Dizer coisas - se calhar sem nexo, como acontece, frequentemente, nessas ocasiões - mas demonstrar solidariedade, tentar amenizar a dor, ser ouvinte no desabafo que faz bem à alma.
É desta forma simples que entendo a amizade. Que a cultivo. Que a pratico. E hoje estou angustiado com um(a) amigo(a). Angústia que redobra por não poder ajudar. Vou rezar para que o Deus em que acredito seja benevolente para com este(a) amigo(a).
Zé,
ResponderEliminarEscreveu lindamente sobre a AMIZADE... Desta vez, as suas palavras comoveram-me, este gesto só pode ser um ser humano com uma dignidade que não sei descrever!
Não saberei nunca agradecer todo o seu carinho, mas deixo-lhe aqui um pouco do "azul das minhas palavras" :).
Soubesse eu as cores do mundo
em tela de fundo
ou retrato moribundo
e revelaria a verdade pura e fria
na arte criada e desnudada
que todo artista pintaria…
Soubesse eu os encantos da vida
em poemas ou eternos cantos
em sapiência ou valentia
e entregaria esse mimo doce
Que todo coração pulsaria...
Soubesse eu a alma da poesia
na essência nua da palavra
do nascer ao fim do dia
e plantaria esse feito criativo
que toda criança colheria...
Cada ser no seu dizer...
Mas a AMIZADE é para se viver!
Por isso,
quando soube de alguém
que sabe as palavras com maestria
em papel ou teclas de sabedoria
elegantes na verdade
sensata e luzidia
vi logo que o leria! :)
Agora, tomei a liberdade
de deixar aqui esta poesia
neste seu (en)canto do mundo
na sua arte de escrever
no espaço de um portugalprofundo
para lhe agradecer esta amizade
que sempre se vestirá
de eterna gratidão e saudade!
Espero nesta humilde poesia, para além de lhe agradecer, deixar todo o meu apoio para que continue esta aventura, deliciando assim os que gostam de o ler.
Pois, para alguém que tem a experiência na voz, o coração nas mãos e a ternura na alma só pode ter na sua prosa a essência da poesia.
Beijinhos! Até sempre!
JB,
ResponderEliminarFiquei muito sensibilizado com as suas palavras, com a sua poesia, com a forma como descreve esse sentimento tão nobre que é a amizade.
Fiquei apenas apreensivo com as duas últimas palavras: "Até sempre!". Peço desculpa da perentoriedade da expressão, mas quero que continue, com assiduidade, que visite este canto de palavras alinhavadas. Eu farei o mesmo em relação ao azul da sua poesia. Portanto não será até sempre mas até já. Está bem assim?
Beijinhos com muita amizade.
Caldeira
JB,
ResponderEliminarFiquei muito sensibilizado com as suas palavras, com a sua poesia, com a forma como descreve esse sentimento tão nobre que é a amizade.
Fiquei apenas apreensivo com as duas últimas palavras: "Até sempre!". Peço desculpa da perentoriedade da expressão, mas quero que continue, com assiduidade, que visite este canto de palavras alinhavadas. Eu farei o mesmo em relação ao azul da sua poesia. Portanto não será até sempre mas até já. Está bem assim?
Beijinhos com muita amizade.
Caldeira
A amizade é das formas mais nobres do ser humano. Foi bela a forma como a manifestaste, igualmente belo foi o reconhecimento da JB.
ResponderEliminarAi de quem não tem amigos...!
Abraço
Ai de que não tem amigos! Só não se pode sentir órfão porque não se trata da falta de pais, mas sente-se, de certeza, sozinho. E a solidão é das condições mais tristes do Ser Humano.
ResponderEliminarPortanto exalte-se e viva-se a amizade.
Um forte Abraço
Caldeira
também eu , Zé, senti o mesmo.
ResponderEliminardeixei no meu canto a maneira de expressar a minha solidariedade.
os amigos são imprescindíveis e são a família que escolhemos.
beijo