Por não saber poetisar. Por não me atrever a tentar. Vou pedir, emprestado, um poema a Luis Goes para presentear os meus amigo(a)s poetas e poetisas que sigo, com muito interesse e carinho, que me ajudam a pensar positivo.
Espero que gostem:
Romagem à Lapa
Se um dia a vida parasse e a gente voltasse,
ao tempo que havia;
E se o Mondego passasse e a todos lavasse,
a lua e o dia.
Talvez a Lapa cantasse e em pedra gravasse,
a nossa alegria;
Talvez a Lapa sorrisse e à pedra se ouvisse,
olá poesia.
Se agora o rio pudesse juntar quem padece,
de tal nostalgia;
E tanta gente viesse, sem sonhos nem preces,
e sem rebeldia.
Talvez a Lapa chorasse e em pedra gravasse,
a nossa agonia;
Talvez a Lapa sofresse e à pedra dissesse,
adeus poesia.
(Luis Goes)
Lindo poema. Também não sei fazer poesia, não consigo. Engraçado que escrevi alguns poemas quando era gaiata, depois secou a fonte. Beijinhos
ResponderEliminarZé, muito obrigada.
ResponderEliminarAmei, mesmo,est seu gesto.
Beijo
Uma nota àparte: o fado de Coimbra é o único que eu gosto. O de Lisboa deprime-me de tal modo que fuujo dele a 7 pés. há um ou outro que não exerce esse feeito sobre mim.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBrown Eyes e Em@,
ResponderEliminarAinda bem que gostaram do poema do Goes. Eu adoro fado de Coimbra principalmente dos do meu tempo: Goes, Adriano, Zeca, Machado entre outros.
O Goes com aquela sua voz e timbre de tenor é um espectáculo, pelo menos para o meu gosto.
Já fazer poesia sou uma verdadeira nódoa. Nem me atrevo a tentar. Mas adoro ler poesia. Sou um fã do Antero, Pessoa, Sophia, Natália Correia, Gedeão, Ary e muitos mais.
Ontem deu-me para vos presentear com uma flor emprestada.
Se consegui, fico feliz.
Beijinhos
Caldeira
Zé,
ResponderEliminarIsto é que foi uma bela surpresa!!!
Gostei imenso da poesia. Uma ode à musicalidade poética, ao correr do tempo no chegar e no partir da alegria e da tristeza... e como nunca sabemos o que cada um sente na poesia, tudo será sempre um "se" condicionado a um "talvez", uma agradável forma tão livre e enriquecedora de viver a poesia, de viver a vida.
E agora, e já sabe como gosto de brincar com as palavras... :)dedico-lhe com carinho:
Se um dia o Zé sonhasse e a gente não dissesse
O que se sente na sua escrita
E se não fosse prosa e todos lhe chamassem poesia
Às emoções partilhadas do seu dia-a-dia
Talvez deixasse de dizer que não se atrevia
A escrever poesia
Talvez as palavras sintam toda essa alegria
ao serem tratadas (como tão bem faz)
Com tão aprimorada maestria! :)
Beijinhos! Belíssima escolha, este poema!
Oh! JB,
ResponderEliminarNão sei que dizer. Fiquei gago. Sem palavras.
Muito obrigado. Adorei a réplica. Ainda bem que gostou da escolha. Esta é-vos dedicada inteira e completamente, pelo imenso prazer que me proporcionam as vossas ideias e sentimentos transmitidas pela vossa poesia. Foi a pensar em vós que a escolhi.
Beijinhos
Caldeira
Também eu vim partilhar deste presente.
ResponderEliminarO fado de Coimbra é realmente muito belo. Embora aviste da minha janela essa bela cidade adormecida, Coimbra é já uma saudade a haver.
Um beijinho e uma palavra de agradecimento pelas palavras que me deixou
Zé, que lindo!!!!!!!!!!E cantado é maravilhoso.
ResponderEliminarEu ouvi esse fado na Sé de Coimbra!!!!!
OBRIGADA!
Parabéns, JB!!!!GOSTEI.
ResponderEliminarÉ verdade Ibel cantado ainda é mais maravilhoso.
ResponderEliminarEu também o ouvi muitas vezes e uma delas foi na porta da Sé Velha, no início da Queima.
Beijinhos
caldeira
Zé,
ResponderEliminarUm grande abraço, amigo!
Tão bonito! A fazer esquecer, por breves instantes, a crise tremenda em que mergulhamos, hora a hora.
ResponderEliminarMas gosto sobretudo de o ouvir cantar. Luís Goes tem uma voz que me encanta.Há muitos anos.
Bem haja pela partilha. Este eu não conhecia e vou já tentar encontar o conjunto - palavras, música, voz - no Youtube.
Abraço fraterno e amigo.
OBRIGADA, IBEL! :)
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