sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Ainda há coisas boas!

 

AINDA HÁ COISAS BOAS!

Neste pântano, nesta mixórdia e neste lamaçal político, em que o país se vê mergulhado, faz bem à alma ver e ouvir falar um português de eleição, o cientista Rui Costa, no programa televisivo “Primeira Pessoa”.

Um Homem no topo do mundo da ciência, mas com a simplicidade de qualquer ser humano normal, sem pretensões ou laivos de arrogância, com muito orgulho das suas raízes, da ruralidade dos seus avós, maternos e paternos, do trabalho intenso que os mesmo tiveram para que os seus filhos pudessem estudar e ascender, desta forma, ao elevador social que retira as pessoas da pobreza e da miséria.

Ficou demonstrado, na sua conversa, como se orgulha de ter nascido no interior pobre do país e que isso não foi obstáculo para atingir o mais elevado cargo no estudo, muito complexo, e na descoberta e funcionamento do cérebro humano.

Disse-nos, de forma simples e entendível por qualquer leigo, que este órgão com que cada um de nós nasce é muito mais complexo do que o computador mais sofisticado. Disse-nos que o lago conhecido sobre o nosso cérebro é infinitamente mais pequeno do que a imensidão do oceano do muito que se desconhece. Mas, mesmo assim, já nos conseguiu elucidar que conseguiram mapear o conjunto de células cerebrais e confirmou-nos que nele se encontram 5.300 tipos de células, num universo de 6.500 de todo o corpo, o que não deixa de ser um feito fantástico e um conhecimento mais profundo da quase totalidade do corpo humano.

Para quem, como nós, não percebe nada de medicina molecular, não pode deixar de nos deixar esperançosos, porque identificados os tipos de células abre, certamente, caminhos para encontrar formas de modificação celular que permita bloquear doenças ou proceder à sua cura. A esperança em forma palpável, concreta.

Disse-nos outra coisa curiosa que é rara ouvir aos cientistas. Que não consegue negar o que não sabe explicar, isto a propósito de uma pergunta sobre se a sua descoberta lhe permite excluir Deus da vida humana.

A sua simplicidade ao contar-nos como começou a gostar de matemática quando, em muito tenra idade, contava as sementes de macieira para as semear e, desta forma, entender o sentido utilitário da mesma, no quotidiano.

O orgulho que transpirava quando falava da sua família original e da família que o próprio construiu. Da forma desempoeirada como demonstrou haver diferenças celulares entre o homem e a mulher, o que, só por si, deixa sem argumentos os defensores de que o menino pode querer ser menina e a menina pode ser menino e que isso é o novo normal.

Afinal, ainda há coisas boas e vale sempre a pena ter esperança no ser humano.

Que o bem há-de vencer o mal. Que os canalhas, os corruptos, os pedófilos e os ladrões ainda são a minoria e que a maioria há-de saber ocupar o seu lugar e discernir sobre a importância do outro na vida de cada um.

Que ninguém é feliz sozinho e que, consequentemente, deve viver no respeito e no amor pelo semelhante.

Que se pode ir depressa se for sozinho, mas só se consegue chegar longe se se for acompanhado.

07/02/2025

Zé Rainho

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