Peço desculpa pelo atrevimento. Este é o resultado de quem não tem noção nem o saber do que é fazer poesia. É, talvez, a vontade de aprender. Por isso espero os comentários, críticas sinceras e contundentes.
Imagem retirada da NET
AMOR E PENA
Ao correr da pena e do pensamento,
Lá se vai criando uma ideia, um sentimento,
Para transmitir ao Outro, desatento,
Que necessito de atenção e de alimento.
Volto à terra e o sofrimento,
Já não deixa espaço nem lamento,
Que possa calar o desalento,
D'uma alma inquieta, um corpo em tormento.
Se, por uma vez eu quisesse e pudesse,
Cantar, dançar, sem descanso, com alento.
Leve solto, desperto, e por fim tivesse
O resultado da criação de embrião d'um poema,
Sem estética, nem métrica, nem conhecimento,
Apenas um desabafo de amor e de pena.
José Rainho Caldeira
Zé,
ResponderEliminarIndo ao encontro do teu pedido, vou ser contundente: escolheste uma belíssima imagem!
:)
Abraço
Agostinho,
ResponderEliminarObrigado. Entendi perfeitamente a mensagem. Mas não vou desistir. Vou tentar informar-me mais das regras literárias que regem a poesia, para aprender a fazer alguma coisa nesta área, em que sou analfabeto funcional.
Fico-te muito grato pela sinceridade.
Um grande abraço amigo.
Caldeira
Pra ser sincera, seu poema é maravilhoso, profundo e, falou muito comigo.
ResponderEliminarBjs.
Zé,
ResponderEliminarVoltei aqui e vi a tua resposta.
Não me leves muito a sério, apenas estava a "picar-te"... :)
Sabes uma coisa? A última coisa com que te deves preocupar é com regras. Preocupa-te, sim, é com aquilo que sentes, com a mensagem que queres transmitir. E, se reparares naquilo que escreveste, ela está lá, e bem forte. Talvez com um pequeno ajuste a coisa ficasse mais arrumadinha, mas está lá o essencial. Portanto, venham poemas!
Abraço
Agostinho e Silviah,meus amigos,
ResponderEliminarMuito obrigado pelo vosso encorajamento.Fico-vos muito grato. Como já disse sou um analfabeto funcional em poesia, o que não me impede de tentar e persistir na tentativa de melhor a construir. Este foi o primeiro poema da minha vida. Logo, terá imensas fragilidades.
O caminho faz-se caminhando e eu, não sou de desistir ao primeiro obstáculo.
Vou continuar e espero as vossa críticas aceradas para me esforçar, cada vez, mais.
Bem-Hajam.
Caldeira
Zé, venham mais com este sentimento forte e cheio de ternura. Vamos a isso, Zé! Até fiquei entusiasmada. O embrião está à espera que o deixem crescer. A terra é boa, muito boa e cheia de seiva.
ResponderEliminarOlhe, posso fantasiar, já que gostei tanto e tanto da ideia e do ritmo? Então cá vai:
Ao correr da pena e pensamento,
Lá se cria uma ideia, um sentimento,
Para evocar ao Outono desatento,
Que necessito de atenção e de alimento.
Volto à terra. Mas o tormento,
Não me deixa espaço nem lamento,
Que possa calar o desalento,
Desta ave presa em sofrimento.
Ah, que feliz seria se pudesse,
Cantar sem descanso e com fermento
O embrião da criação em um poema,
Então talvez o Outono fosse alento
De um sol qualquer que incandescesse
Na robusta combustão da minha pena…
AH, COMO ADOREI VIR AQUI AMIGO!!! NEM SABE COMO ME DEU PRAZER O SEU POEMA!!!! CONTINUAR É OBRIGATÓRIO :)))
Ibel.
ResponderEliminarMuito obrigado pela ternura e pelas palavras de alento. Sabe! sinto-me um bebé a dar os primeiros passos. Inseguro, quiçá, incapaz. Mas tenho tanta vontade de o fazer que vou continuar. Como eu gostaria de saber pegar no qualquer mote, como a Ibel fez, e tornar num poema lindíssimo a ideia atabalhoada que deixei no meu primeiro poema.
Mas como diz o ditado: tentar não custa. Eu vou continuar a tentar.
Beijinho
Caldeira
Zé, o seu poema é lindo. Tão lindo e tão interessante que me puxou pela veia. Juro!!! Continue. Olhe, não se preocupe com as rimas. Você tem imagens lindas dentro de si. Solte-as!!!
ResponderEliminarBeijo
Obrigado Ibel pelo incentivo. Mas sinto-me temeroso. O temor próprio do aprendiz.
ResponderEliminarVou tentar na senda para ver o que dá.
Beijinho
Caldeira
Estimado Colega,
ResponderEliminarJá deu provas bem provadas da sua inteligência e capacidade, com textos magníficos em prosa. Assim, porque não é "cego", tem a noção exacta de que é capaz de fazer muito melhor na poesia. E é!!!
Deixe "o temor próprio do aprendiz" e ... em frente.
Gostei do que li. Tenho a certeza de que vou apreciar muito mais o que aí vem. O seu valor exige: a obra aparecerá, com toda a naturalidade.
Fico atento, à espera.
Abraço de amigo.
Zé,
ResponderEliminarLi logo o seu poema assim que o publicou. Tal como a sua prosa também este soneto mexeu comigo. Sempre lhe disse que cada vez que leio o que escreve aprendo algo e continua a ser verdade! Não sabe como me apeteceu logo comentar... Este seria o comentário que me apeteceu escrever, mesmo sem ler o desafio que me colocou lá no azul (pois o que aqui deixo é apenas uma palavra amiga):
É alimento o poema servido na humildade de quem sente na pena o desejo tão puro e sincero de vestir a tinta o pensamento;
É talento a alma que procura e questiona o espaço que a circunda arriscando o céu de quem sente com coragem o seu intento;
E como pode voar, Zé!!!
Solte esse alento em miríades de palavras que lhe servem o sentimento!
O resultado, Zé, neste caso, é um soneto que não leio pela sua estética mas apenas pela sua essência criativa, pela sua "mensagem" (como diz o Agostinho) feita com o melhor tecer da sua mão – o coração, o sentimento (como diz a Ibel).
Como fico grata por ter lido o “primeiro poema da sua vida”! E como tenho tanto para aprender! Só lhe posso dizer que não sou poetisa, Zé, apenas alguém que escreve com o aparo do sentimento (à flor da pele, muitas vezes), de alguma sensibilidade, reconheço. Tal como diz, também eu escrevo “sem estética, nem métrica, nem conhecimento”.
Continue e deixe os sentidos tocarem as palavras, solte os sentimentos e a sua ternura e dê-lhes cor, musicalidade, aromas...
Não há regras (é a pura liberdade!)...Sempre gostei das metáforas, de misturar as antíteses, de sentir as hipérboles e como sempre lhe disse de brincar com as palavras... O resultado... é poesia! :)
Desculpe ter-me alongado, mas é o que sinto e é um prazer ficar ansiosa por outros poemas!
Cá estarei para os ler!
Foi um prazer "fechar" assim a minha noite!
Beijinhos, com carinho!
Zé, demorei um bocadinho a chegar, mas cheguei, e pouco interessa por que razão demorei.
ResponderEliminarquanto ao poema deixa-me que te diga uma coisa e não me leves a mal: não acredito que este tenha sido o teu 1º poema. pode ser o 1º a ser mostrado assim...mas se é o 1º, vai em frente, porque gostei muito dele.
eu gosto pouco de poesia rimada e apesar disso achei o teu poema leve e nada forçado na rima.
atira-te de cabeça. escreve, escreve, escreve. Lê em voz alta por causa do ritmo.tenho a certeza de que continuarei a ler poemas muito interessantes saídos das tuas emoções.
beijo, Zé e parabéns!
Meus queridos amigos: Serrano; JB; Em@,
ResponderEliminarObrigado pelas vossas palavras, pelo incentivo, pela ternura que me demonstraste. Para ti Em@, acredita que é o meu primeiro poema. Para todos quero lembrar que quando eu aprendi a ler poesia, esta tinha regras muito rígidas, quanto à rima, à métrica, ao ritmo e até ao número de sílabas de cada verso e isso, sempre me aterrorizou.
Gostando muito de poesia, porque entendo os poetas como seres que da "Lei da morte se libertam", nunca me atrevi a enveredar por esse caminho. Mas, de repente, senti necessidade de ir por aqui. Sabeis, este mundo está tão feio, que perdi o gosto de falar da realidade vivida pelo nosso Povo, que eu adoro.
Abraços e beijos a todos.
Caldeira
Zé, nem na adolescência fazias poemas de amor?
ResponderEliminarhuuuuuuuuuum os rapazes são mesmo diferentes das raparigas ehehehe
olha eu fazia-os de encomenda para as minhas amigas darem aos namorados eheheh...se fosse empreendedora podia ter feito bom dinheiro!
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e tens razão, o mundo está mesmo feio!
beijo
Zé, meu amigo eu adorei. Não tenho jeito para escrever poesia, seria incapaz de tentar. A tua, encheu-me o coração. Continua. Beijinhos
ResponderEliminarBrown Eyes,
ResponderEliminarObrigado por seres minha amiga. Simpática, ainda por cima, ao valorizares o que não tem préstimo. São os teus olhos de amiga que vêem neste arremedo de poesia algum valor.
Beijinhos
Caldeira