O UNIVERSO!
A ciência demonstra, cada vez mais, que o planeta é uma
máquina com uma imensidão de peças, umas maiores e outras menores que, em
equilíbrio faz acontecer harmoniosamente a interligação e interdependência dos
diferentes ecossistemas, que num hino ao Criador, cantam hossanas à vida, a
todos os tipos de vida.
Quando alguma das peças se desregula a máquina estrebucha,
soluça com choro plangente e os ecossistemas entram em desestabilização quando
não, mesmo, em conflito e até confronto.
O Homem, peça muito importante desta máquina complexa, porque
tem a capacidade de interferir na arrumação e afinação, ou o contrário, das
restantes peças que compõe o sistema, na sua ânsia de poder, não mede as
consequências dos seus actos e, muitas vezes, cria o descalabro e a desgraça. No
seu afã de acumular dinheiro não olha a meios e fecha os olhos a princípios e
valores que deveriam nortear a sua postura e forma de agir.
Assistimos, na Turquia e na Síria a uma demonstração
inequívoca de como não se devem fazer determinadas coisas, como construções sem
acautelar o risco de sismo, por exemplo. Por esse mundo fora há muitos outros
exemplos de desgraças que, com facilitismo, se atribuem à Natureza, mas que tiveram
sempre por detrás mão humana. Vê-se nos sismos, mas também nas cheias, nos
incêndios e noutros tristes episódios que ceifam vidas inocentes.
No meio de tanta
desgraça, tanta morte e tanta destruição, aparecem imagens que nos elevam a
alma a outros patamares. Aquela criança que ainda trazia o cordão umbilical que
nos veio a chamar à atenção para o dom da vida, como documenta a fotografia que
circula na net. Não podemos deixar de perguntar a nós próprios: - Como é que
num cenário de horror e morte se pode nascer?
Haverá muitas explicações. Umas cientificamente sustentadas e
outras nem tanto. Porém, para os crentes num Deus Maior será fácil acreditar que,
a esse Deus, nada é impossível. Que, como o próprio Deus, feito homem, dizia, “Contudo, nenhum fio de cabelo da vossa
cabeça se perderá” (Lucas 21-18). Deus conhece cada um pelo seu nome, sabe tudo
sobre cada um mesmo antes de nascer.
Esta imagem da vida a irromper dos escombros e da morte levam-me
a questionar: -Será que os supra-sumos da política têm o direito de legislar
sobre quem deve morrer ou deve viver?
08/02/2023
Zé Rainho
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