GERAÇÃO
DE 1940!
Nascidos na
Cova da Beira,
Em plena
guerra mundial.
Com carência
de ordem geral,
Pessoas sem
eira nem beira.
Criados com
amor e devoção,
Por pais,
avós, tios e vizinhos,
Com
liberdade e nus pezinhos,
Foi assim o
início desta geração.
De meninos à
adolescência escolar,
Num
quotidiano responsável,
Pequeninos começaram
a trabalhar
Na ajuda à
família, o que é louvável.
A escola,
uma sublime aprendizagem,
Mesmo com
dores de adaptação,
Que visava
futuro noutra paragem,
Diferente da
precedente geração.
A juventude
irrequieta, irreverente,
Insatisfeita
com a vida apertada,
Lutou sempre
em toda a frente,
Para uma
adultez, próspera, folgada.
Projectos futuristas
saíram gorados,
Porque uma
guerra estúpida, maldita
Transformou a todos em soldados,
Para lutar em
outra terra infinita.
Comeu o pão
que o diabo amassou.
Não deixou
que o desânimo superasse,
Todo o sonho
em que encarnou
A luta
titânica, desta gente, com classe.
A juventude
não compreende estes velhos
Que da vida
trouxeram amargos de boca
Dizem que
são antiquados e relhos
Que da vida
conhecem coisa pouca.
Coitados, são
jovens não pensam!
Que o que
eles sabem já nós esquecemos
Os mares da
sua informação não compensam
Tudo aquilo
que com a vida aprendemos.
16/10/2023
Zé Rainho
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