Vem aí o FMI!
Talvez sim, talvez não.
O que isto significa p'ra o comum cidadão?
O cinto mais apertado,
A pobreza a aumentar,
E o Povo alienado.
Descrente e descontente por não ter, em casa, pão,
Vendo ao redor os mandantes
A roubar, a extorquir, a viver como nababos,
Como se fossem donos e senhores,
Da terra, do mar, da vida de seres andantes,
Que labutam dia-a-dia, para viverem endividados.
Depois na Televisão,
Aparecem uns senhores, bem vestidos e fardados,
Com ar muito solene e alguma arrogância,
Apontar aos pobres seres, que devem estar calados,
Pois o saber dos senhores vale mais qu'a ignorância,
Dos que trabalham e lutam, para manter sua jactância.
Se estes aldrabões, armados em governantes,
Pensam que o Povo é jumento, esperem, chegará o tempo,
Em que por serem relevantes, os sofrimentos impostos,
Apenas aos que produzem para a gente, alimento,
A revolta, inevitável, eminente, estará a postos,
Para derrubar tais tratantes.
Amigo Zé,
ResponderEliminarEstamos a precisar de uma "revolução francesa", que a dos cravos não foi Popular!
Beijos
Ana Almeida
A forma que temos de derrubar tais tratantes é o voto consciente, não obrigatório, e para votar devemos saber em quem estamos votando, pois são eles que irão decidir, se escolhermos de maneira errada, na certa pagaremos.
ResponderEliminarZé,
ResponderEliminarÉ razoável sua indignação em prosa, muitos perdem o controle do caráter
(Se é que possuem), Diante da possibilidade de vida fácil, e isto em qualquer área da sociedade,.
“Para que o mal prevaleça, basta que o bem não faça nada”
Usemos o que temos, nossas palavras, sábias como as suas.
Fenix,
ResponderEliminarÉ verdade. Precisamos de uma Revolução à Francesa que a do 25 de Abril só serviu para os oportunistas. Mas eu à do 25 de Abril não chamaria revolução, antes designaria por Golpe de Estado porque foi isso que aconteceu. Serviu para alguns e o povo cada vez fica pior.
Beijos
Caldeira
Arnoldo meu caro,
ResponderEliminarTem razão quanto à responsabilização do voto. Mas um Povo pouco politizado, pouco culto e com taxa de analfabetismo literal, de cerca de 10% e analfabetismo funcional (ileteracia) superior a 50%, é difícil uma escolha acertada.
Grande abraço
Caldeira
Silviah,
ResponderEliminarPodendo parecer uma "La Palissada" as suas palavras são profundas e verdadeiras. " para que o mal floresça, basta que o bem não faça nada". É o que acontece neste País com a perda de Valores Morais e a adulteração de uma História de virtudes.
Por isso vale a pena lutarmos com as armas que temos e estas são, apenas, palavras.
Beijinhos
Caldeira
Zé
ResponderEliminarFiz a experiência de ler o texto alto e depressa.O ritmo é extraordinário.Tente fazer o mesmo e verá a força que tem o poema.
A sua procissão também já tem andores.
Um abraço, meu amigo.
Ibel, minha cara amiga.
ResponderEliminarMuito obrigado pela forma como ensina e pelo muito que me ensina. Nunca tinha pensado neste tipo de exercício. Vou fazê-lo. Agradeço-lhe muito o incentivo. Talvez um dia eu consiga escrever alguma coisa que valha a pena e isso fico, em grande parte, a devê-lo a si, que é a pessoa com mais saber e experiência nestas coisas.
É evidente que com estas palavras não quero desmerecer os comentários de outros seguidores, que muito respeito e considero.
Mas é que a sua forma de comentar me dá segurança e isso ajuda-me imenso.
Beijinho
caldeira
Zé,
ResponderEliminarconcordo plenamente com a Ibel em relação aos seus dois +ultimos poemas. aliás, nós devemos sempre lê-los em voz alta por causa dp ritmo...
beijo
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quanto ao FMI se nós não nos impusermos a quem nos desgoverna ele vem aí sim. o que alíás nem seria a 1ª vez. tristes de nós que deixamos os outros governar anossa casa.
Em@,
ResponderEliminarObrigado por passar por aqui e deixar estes comentários tão incentivadores. Que eu tenho vontade de aprimorar este tipo de escrita, tenho. Porém também tenho consciência de que sou aprendiz nestas lides, com o inconveniente de ter interiorizado regras rígidas nos meus tempos de estudante, das quais tenho dificuldade em me libertar. E, vai daí, de vez em quando lá estou a cair na rima, na métrica silábica e esqueço o ritmo e a acção que são, por ventura, mais importantes.
Quanto ao FMI, infelizmente para nós, já estará cá dentro a dar ordens. E eu lembro-me muito bem de em 1983, o Mário Soares, quando era PM, nos ter tirado o subsídio de Natal e o que isso doeu.
Beijo
Caldeira