quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

HISTÓRIAS!

 

HISTÓRIAS!

Nos últimos dias tenho lido bastantes opiniões emitidas por “historiadores” que não me podem deixar descansado, relativamente ao conhecimento da História.

Foi um tal Loff, outro Rosas, para não falar no, inefável Tavares, do Livre, todos eles assinam artigos de opinião, auto denominando-se historiadores.

Eu não percebo nada de nada sou, apenas, um curioso de tudo, mas faz-me muita confusão que opiniões pessoais façam História. Para ser mais objectivo, não aceito, como boa, esta tese.

A disciplina de História nem sempre foi considerada ciência, aliás, como todas as ciências humanas que, durante muitos anos, foram relegadas para planos secundários por políticos, governantes e até professores. Ciência eram a matemática, a física, a química e pouco mais. Um pouco dos resquícios da Idade Média, onde pontificava o método de ensino “TRIVIUN” e “QUADRIVIUN” englobando o primeiro, o desenvolvimento da mente e o último o conhecimento das coisas. Que o mesmo é dizer que o primeiro se referia ao ensino da retórica, da gramática e da lógica e o segundo ao ensino das artes das coisas, como a aritmética, a geometria e a astrologia. Mas, pelo que tenho lido e ouvido a gente que sabe alguma coisa, a História dos dias de hoje é uma ciência reputada, faz ciência, baseia-se em dados científicos, socorre-se das demais ciências para interpretar os factos, repito, os factos, que são o fundamental da própria História. A História não tem de ser boa nem tem de ser má é o que é, ponto final.

Mas parece que para alguns pseudo-historiadores – assim se intitulam – como os acima referidos e alguns outros que têm acolhimento nos meios de comunicação social escrita ou audiovisual, a História é aquilo que eles querem que seja a sua interpretação e não a realidade factual.

Vem isto a propósito de tomadas de posição e opiniões pessoais, daqueles senhores, sobre a morte do Tenente-Coronel, Marcelino da Mata, um negro, que só foi o mais condecorado dos militares do exército português de todos os tempos. Consideram que não foi herói nenhum, mas sim criminoso de guerra. Consideram que os seus feitos heróicos, ao serviço da Pátria Portuguesa foram crimes, enquanto as sevicias e torturas a que o mesmo e muitos outros, militares e civis, foram sujeitos pelas mãos dos revolucionários cobardes da Forças Armadas, ao serviço do MRPP, do PCP, como a FP25, e de outras forças, ao serviço da União Soviética, são para enaltecer, como serviço prestado à democracia. Para estes "opinadores" a tortura é boa se for praticada por eles e é má se for praticada por outros. Para mim a tortura é tortura, é crime, venha de quem vier.

De um País, em que os próprios órgãos de escrutínio de toda a sociedade, como é o caso da comunicação social, estão ao serviço de uma esquerda estalinista-maoista, o que é que as gerações vindouras podem esperar de construtivo? Como é que os alunos de hoje, que se interessam pela história do País e do Mundo hão-de estruturar o seu pensamento, com exemplos destes? Como é que a verdadeira, a autêntica História fica com tais “historiadores” “opinadores”? Continuará a ser ciência ou passará a ser política comentada?

18/02/2021

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