HISTÓRIAS!
Nos últimos dias tenho lido
bastantes opiniões emitidas por “historiadores” que não me podem deixar
descansado, relativamente ao conhecimento da História.
Foi um tal Loff, outro Rosas,
para não falar no, inefável Tavares, do Livre, todos eles assinam artigos de
opinião, auto denominando-se historiadores.
Eu não percebo nada de nada sou,
apenas, um curioso de tudo, mas faz-me muita confusão que opiniões pessoais
façam História. Para ser mais objectivo, não aceito, como boa, esta tese.
A disciplina de História nem
sempre foi considerada ciência, aliás, como todas as ciências humanas que,
durante muitos anos, foram relegadas para planos secundários por políticos,
governantes e até professores. Ciência eram a matemática, a física, a química e
pouco mais. Um pouco dos resquícios da Idade Média, onde pontificava o método
de ensino “TRIVIUN” e “QUADRIVIUN” englobando o primeiro, o desenvolvimento da
mente e o último o conhecimento das coisas. Que o mesmo é dizer que o primeiro
se referia ao ensino da retórica, da gramática e da lógica e o segundo ao
ensino das artes das coisas, como a aritmética, a geometria e a astrologia.
Mas, pelo que tenho lido e ouvido a gente que sabe alguma coisa, a História dos
dias de hoje é uma ciência reputada, faz ciência, baseia-se em dados científicos,
socorre-se das demais ciências para interpretar os factos, repito, os factos,
que são o fundamental da própria História. A História não tem de ser boa nem tem
de ser má é o que é, ponto final.
Mas parece que para alguns pseudo-historiadores
– assim se intitulam – como os acima referidos e alguns outros que têm
acolhimento nos meios de comunicação social escrita ou audiovisual, a História
é aquilo que eles querem que seja a sua interpretação e não a realidade
factual.
Vem isto a propósito de tomadas
de posição e opiniões pessoais, daqueles senhores, sobre a morte do
Tenente-Coronel, Marcelino da Mata, um negro, que só foi o mais condecorado dos
militares do exército português de todos os tempos. Consideram que não foi
herói nenhum, mas sim criminoso de guerra. Consideram que os seus feitos
heróicos, ao serviço da Pátria Portuguesa foram crimes, enquanto as sevicias e
torturas a que o mesmo e muitos outros, militares e civis, foram sujeitos pelas
mãos dos revolucionários cobardes da Forças Armadas, ao serviço do MRPP, do PCP,
como a FP25, e de outras forças, ao serviço da União Soviética, são para
enaltecer, como serviço prestado à democracia. Para estes "opinadores" a tortura é
boa se for praticada por eles e é má se for praticada por outros. Para mim a
tortura é tortura, é crime, venha de quem vier.
De um País, em que os próprios
órgãos de escrutínio de toda a sociedade, como é o caso da comunicação social, estão
ao serviço de uma esquerda estalinista-maoista, o que é que as gerações
vindouras podem esperar de construtivo? Como é que os alunos de hoje, que se interessam
pela história do País e do Mundo hão-de estruturar o seu pensamento, com
exemplos destes? Como é que a verdadeira, a autêntica História fica com tais “historiadores”
“opinadores”? Continuará a ser ciência ou passará a ser política comentada?
18/02/2021
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