segunda-feira, 28 de maio de 2012

Memória...

A morte é poderosa mas, jamais, vencerá enquanto houver memória. Enquanto perdurar a lembrança de uma vivência ou sentimento.
A memória também tem a capacidade de relativizar os acontecimentos, catalogando-os de acordo com a apreciação de hoje e não no "calor" do vivido. 
Vem isto a propósito de um convívio com companheiros da vida militar em tempos difíceis, realizado ontem em Pombal. Recuámos quarenta e oito anos e rimo-nos com as travessuras de então. Abraçámos a ideia de quando tínhamos vinte anos e tudo nos pareceu risonho. Na altura sentíamo-nos angustiados, apreensivos, expectantes, sobre um futuro incerto. Agora avaliamos positivamente os tempos que passámos juntos. As aprendizagens que fizemos. O amadurecimento que nos trouxe e nos fez mais homens, na medida em que nos tornou mais solidários, mais irmãos. E foi bom recordar outros tempos de insensatez, de imaturidade, de sonhos, de ambições. Também de avaliação do que foi uma vida vivida intensamente. Duma juventude criativa, bem disposta, irreverente mas, ao mesmo tempo, cônscia da responsabilidade história que carregávamos às costas.
Valeu a pena. Sentimos que o dever foi cumprido com honradez, bravura, espírito de missão e sentido patriótico. Não fomos coniventes com os políticos de então. Não o somos com os políticos de hoje. Apenas, e só, somos portugueses e sentimos orgulho no torrão que nos viu nascer ainda que este, seja muitas vezes uma terra madrasta que não reconhece, não respeita, nem ama os seus filhos.
A memória não deixará desvanecer tudo o que foi construído em favor da Pátria, no Batalhão de Transmissões 361 de Luanda, Angola de 1961 a 1974.
Aqui se deixa um modesto contributo para que não caia no esquecimento. 

terça-feira, 8 de maio de 2012

Levados, levados, sim!?!?!

Ontem vi uma reportagem efectuada por um jornalista de qualidade,, que não se deixa intimidar e, fiquei estupefacto.
Versava, o assunto, a energia eléctrica que, a ser verdade demonstra, à evidência, como o "desgraçado" do contribuinte é tratado. 
Suponho que, todos nós, aplaudimos as energias limpas. Por serem limpas e, sobretudo, por não nos sujeitarem à ditadura dos combustíveis fósseis.
Afinal, nem a energia é necessária, nem é barata e, muito menos, ajuda os consumidores. Quem lucra? Quem?
As empresas de construção de barragens e as comercializadoras de energia. O pagante paga mais e não tem benefícios nenhuns. Os rios ficam destruídos. O impacte ambiental é, extremamente, prejudicial para o ecossistema, nele incluindo as populações circundantes. E o "Zé" paga. E as novas gerações também pagam. E os "feios, porcos e maus" que, na circunstância são "vigaristas, ladrões, salafrários e bandidos" vivem à tripa forra à custa da desgraça alheia. 
Mas será que nunca mais se faz uma verdadeira revolução que extermine esta espécie de gentalha? 
Não se faz. E esta escumalha continua impune considerando-se os maiores, já não o Portugal dos Pequenitos, de antigamente, mas o Portugal dos grandes oportunistas, dos grandes ladrões, dos grandes bandidos. E assim vamos, tristemente, vivendo cantando e rindo, levados, levados sim!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Loucura!!!

A loucura é generalizada. Instalou-se e a gente não consegue libertar-se dela. Somos bombardeados, sistematicamente, pela comunicação social com tragédias humanas, muitas delas, pela acção directa ou indirecta do Ser Humano. São os tufões, as guerras civis, as calamidades, a ânsia do lucro fácil que não acautela a segurança, enfim, um rosário catastrófico.
Paralelamente, são os homicídios, os parrecídios, infanticídios e outros ídios que queiramos acrescentar. Depois, dizemos hoje e diz-se desde sempre, que o mundo está louco. Ora o mundo não é a terra. Não é a natureza que se comporta em ciclos bem definidos e sempre com a razão do seu lado. O mundo somos nós. Sempre nós.
Talvez por isso o desânimo. O descrédito. A desesperança porque o seu contrário já morreu. 
Há mais de mês e meio que por aqui não passo nem visito os meus amigos da blogosfera. Tenho andado como o mundo, louco.
Afundo-me em leituras e em moleza. Em desinteresse e apatia. É grave sim, muito grave, nem a escrita me motiva. Algo se estará a passar. 
Esta noite acordei com ânsia de escrever. Não sabia o quê e sobre o quê, mas tinha de ser. Cá estou. Não prometo nada, porque nada posso prometer. Apenas que quero e desejo continuar.
Que neste dia do trabalhador, eu possa voltar ao trabalho e à minha distracção favorita. Que a loucura se me varra da mente e possa contribuir para que o mundo seja menos louco. Prometo: vou tentar.