sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O tempo passa!!!

O tempo passa, já vamos para lá do meio do ano e todos os dias ouvimos notícias de arrasar. 
Não há boa nova que nos valhe. 
São os mortos na estrada. É o défice que não se cumpre, apesar de nos roubarem o subsídio de férias e de natal. São as falcatruas denunciadas mas nunca penalizadas.
Isto já não é crise é um inferno.
Quem dera que passe o ano, ou passe o governo, ou passe a Merkel, ou passem todos os cretinos deste país que se vê explorado por uma infinidade de oportunistas e ladrões.
Para quando uma vassourada nesta cambada?
Temos de fazer alguma coisa. A vida assim é insuportável. Nem é tanto pela falta de dinheiro, que é muita e muito preocupante, mas é mais pela falta de esperança num amanhã melhor, diferente.
Não há paciência.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ismo (1)

É dos dicionários que o capitalismo é um regime económico e social em que os meios de produção são propriedade privada e em que os preços são fixados livremente, apenas regulados pelas leis da concorrência, da oferta e da procura.
Da sociologia, segundo um dos seus mais antigos e conceituados cientistas, Max Weber, o capitalismo é um modelo social que procura rentabilizar, o mais possível, a produtividade do trabalho, realizando a tarefa o mais perfeitamente possível no mais curto espaço de tempo. 
Assim se pode concluir que, do ponto de vista dos trabalhadores, não será bem assim porque estes entendem que a sua força de trabalho é tão ou mais importante que o capital investido pelo burguês e, como tal, também querem ter regalias que são apanágio da burguesia.
Em época de crise internacional pode ver-se que os governos, venerandos e atentos, só pródigos em diminuir salários, pensões e prestações sociais aos trabalhadores, na proporção directa que dão benefícios aos banqueiros e respectivos bancos, injectando milhões dos contribuintes para que o sistema não colapse, dizem eles.
Atente-se ao que se está a passar na Grécia, na Irlanda, em Portugal e na Espanha e verificar-se-á que a receita é semelhante. Em Portugal ainda se faz mais: instituiu-se uma amnistia a todos aqueles que, criminosamente, fugiram com os capitais, milhões, biliões, triliões de Euros, que fazem parte da riqueza nacional para paraísos fiscais e, em vez de prenderem os criminosos - sim porque se trata de um crime punível pelo código de processo penal, para além de ser um crime de Lesa-Pátria - proporciona-se a possibilidade de "lavarem" o crime com uma contribuição fiscal de 7,5% enquanto que um depósito a prazo de 1.000€ tem de pagar um imposto de 22,5%. Veja-se a disparidade de critérios! Verifique-se o que pode e faz o Capitalismo!
Daí a inferir-se que um capitalismo desenfreado e sem preocupações humanistas só pode ser um regime que ultrapassa a dignidade política, a dignidade social e apenas visa o lucro pelo lucro, sem mais-valias para a sociedade que, supostamente, deveria servir.
Será, pois, um regime para esquecer se não, mesmo, para repudiar. É evidente que há muitas formas de capitalismo encapotado que se mistura bem nas democracias ocidentais, mas estas também deixam algo a desejar, nos dias que correm.
Sendo assim talvez seja altura de aprofundarmos conhecimentos e subordinar o nosso voto e a nossa participação cívica e de cidadania, de acordo com ética de valores que tragam à sociedade mais bem-estar e mais felicidade.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ismos

Os ismos são, em nossa modesta opinião, todos eles, pouco recomendáveis. O  capitalismo, o socialismo, o comunismo, o fascismo, o religiosismo, o fundamentalismo, e outros ismos de semelhante quilate, são conceitos, significantes, significados, ideologias, formas de vida e sociedades a olhar com reservas porque, quase sempre, servem-se dos cidadãos e não servem as pessoas para as quais, supostamente, deveriam trabalhar e ser úteis.
Não sendo assim e nunca é assim, não têm razão de existir. 
Por isso não gosto destes modelos. Não tenho por eles qualquer respeito, consideração ou estima. Sendo mais directo e para a melhor hermenêutica deste sentimento, digo mesmo, que os abomino. O que não invalida que falemos deles para melhor nos consciencializarmos dos seus malefícios e das suas incongruências, também de eventuais virtudes ou benefícios. 
Aborda-los-emos para que se entendam posturas, atitudes e demagogias com que muito boa gente é atraída para todos eles e com o seu amorfismo lhes dão cobertura.
Cá estaremos para fazer o alerta. Cada um tirará as conclusões que melhor lhe aprouver.