UM NATAL PROFUNDO!
Este espaço pretende ser um local de comunicação com amigos e outros personagens que o queiram enriquecer com as suas ideias e sugestões.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
Natal Profundo!
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
MESQUINHEZ!
MESQUINHEZ!
Um ser mesquinho não não mede as suas acções por valores,
verticalidade mas por cifrões e quanto mais cifrões mais se acomoda, se
submete, se aniquila como pessoa.
Assistimos, com mais frequência do que seria de desejar, à proliferação
da mesquinhez em toda a sociedade, mas com incidência preocupante nas chamadas
elites nacionais.
A desresponsabilização de gente que ocupa lugares de topo na
hierarquia do Estado é muito preocupante. Basta ver que, por mais erros que
sejam apontados e demonstrados, à Administração Pública, onde se incluem
governantes, magistrados, militares e forças de segurança, começam a ser de uma
gravidade nunca vista.
Foram os incêndios de 2017 com uma mortandade sem precedentes
e não se passou nada. Foram os desvios de dinheiros doados, generosamente pelo
povo, para a recuperação possível das zonas mais afectadas e o esquecimento é o
resultado final.
Investigações criminais sobre
tubarões da política, da banca, das empresas públicas com acusações gravíssimas
e faz-se julgamento na praça pública mas na verdadeira Justiça protela-se a
decisão por tempos indeterminados ao ponto de, em muitos casos, os processos
prescreverem por ultrapassarem os prazos legais sem julgamento.
Morre-se mais do que é normal e as estatísticas mostram que,
neste ano, já vamos em mais de oito mil do que em igual período de anos
anteriores e não se apuram causas nem se deduzem consequências para os
responsáveis, sejam eles quais forem, que se escondem em mantos difusos para
passarem despercebidos num nevoeiro espesso que não deixa ver além do próprio
nariz.
Há atropelos à Lei que estão provados e, quando há punição,
esta só se aplica ao mexilhão. Os graúdos, os verdadeiros responsáveis, passam
através do pingos-de-chuva sem qualquer incómodo ou sanção. Temos muitos
exemplos, mas fixemo-nos em dois muito mediáticos, o caso Tancos e o do Rui
Pinto, quem é que está na mó de baixo?
Este arrazoado para demonstrar que o ser mesquinho não larga
o tacho de ânimo leve. É mais importante o seu bolso do que a sua coluna
vertebral. Normalmente mantêm-se até ao esquecimento dos Média. Quando,
porventura, sai de cena é porque é empurrado e sempre com o alibi expresso
“motivos pessoais”.
O retrato da mesquinhez poderia ser ampliado e amplificado mas
acho que estamos esclarecidos.
9 de Dezembro de 2020
Zé Rainho