terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Vaga de Frio...

Dizem que vem aí uma vaga de frio para os próximos dias. A ser verdade, cá no burgo, é geada a dar com pau, água congelada nas canalizações, entupimento das urgências do Centro de Saúde e por aí adiante. Contrariedades a que não estamos habituados. Sim, porque nós, os portugueses estamos mal habituados. 
Ganhámos mais do que o que devíamos; gastamos mais do que podemos; trabalhamos pouco; temos muitos feriados; desfrutamos de férias que é um escândalo; aproveitamos as pontes, etc. etc. etc.
Pelo menos é o que dizem  os políticos, coitadinhos, os esforçados deste País e que levam Portugal às costas, num esforço sobre humano.
Mas vistas bem as coisas nós empobrecemos, já não alegremente, como no tempo da outra senhora, mas triste e depressivamente  nesta conquista inalienável do 25 de Abril.
Noutras eras havia um ou meia dúzia de corruptos, hoje pululam às centenas. Nós nem as despesas de educação e de saúde podemos deduzir nos impostos os corruptos têm contas chorudas em paraísos fiscais.
E quem são os corruptos? Pergunta pertinente. Resposta simples: - quem tem o poder de decisão sobre a coisa pública.
Não oiçam o que diz a impagável Procuradora do DCIAP, Dra. Maria José Morgado e não alterem comportamentos denunciando as fortunas inexplicáveis e verão onde isto vai parar.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Ingenuidade

Com tanta idade e tão ingénuo que eu sou! 
Como é possível ainda acreditar que um dia ia ver o Sócrates a contas com a Justiça. Esperava que ele hoje fosse ouvido em tribunal no caso Independente mas afinal, não apareceu nem foi convocado. O poder e as influências que foi ganhando, distribuindo lentilhas pelos idiotas úteis, valem-lhe a impunidade. Arranjou dinheiro sem se saber de onde mas que hoje nos custa os olhos da cara a nós pobres tugas enquanto ele se pavoneia pelas capitais europeias em colóquios com alguns dos protagonistas que o continuam a ajudar.
Coitado de mim. Coitados de nós todos.  

sábado, 7 de janeiro de 2012

Esperança

Ouço e vejo notícias do País e fico deprimido. Acho mesmo, que os políticos de topo e os jornalistas assalariados, proletarizados, inexperientes e totalmente dependentes de patrões ou chefes, que só vêm "SHARE" e não qualidade,  fazem de propósito para me atazanar a vida.
Eu sei que as coisas não estão fáceis. Eu sei que durante anos andaram por aqui uns senhores a enganar-nos com contos de fadas e moiras encantadas. Eu sei que enquanto nos entretinham com fábulas, nos espoliaram de tudo o que é monetário, material e até espiritual. Eu sei isso tudo mas, por favor, deixem-me em paz. 
Deixem-me sonhar. Deixem-me acreditar num amanhã melhor. Deixem-me ter esperança e fé.
Aqui sentado no meu escritório, em frente a este computador velhinho, vejo um Sol radiante e quentinho, para a época. Por isso recuso-me a aceitar que tudo seja tão negro. Prefiro acreditar que este calor aqueça os corações desesperançados e os leve a enfrentar a vida com algum optimismo. 
Deixo uma notícia agradável, ainda que pouco verosímil, na próxima segunda feira, o Pinto estudante em Paris, vai a tribunal depor como testemunha no julgamento da independente e corre o risco de sair arguido por causa da licenciatura manhosa feita ao domingo.
Digam lá se esta notícia não é uma esperança de que a Justiça começa a funcionar e ainda vamos ver alguns dos responsáveis por nos ter levado à falência, em trabalho comunitário, na limpeza dos sanitários públicos por onde, aliás, deveriam ter começado a ser úteis ao País e, porventura, ainda deviam continuar por lá?
Quero ter esperança e este Sol radioso aquece-me o coração.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012


Os Reis Magos segundo a História, nem eram Reis nem Magos, mas eram Homens ligados ao Saber e ao Conhecimento da sua época. É da tradição Cristã que eles sabiam do nascimento de um Menino Especial e isso os impelia a visitá-lo e a oferecer-lhe o que melhor se adaptava à Sua condição. Por isso lhe deram ouro, incenso e mirra. Ouro que simbolizava que aquele Menino era um predestinado a ser Rei. Incenso, porque Ele provinha da transcendência e não da imanência, como era comum, e mirra como símbolo de finitude na Terra.
Deixando a História fica a tradição e esta chega aos nossos dias com uma celebração festiva no dia 6 de Janeiro e com ela se encerra a época natalícia.
Ainda que a tradição já não seja o que era, mantém pequenos traços que será uma pena se os deixarmos morrer por falta de empenhamento. Neste dia de Reis, mesmo sem um cariz, especificamente, religioso cantam-se os Reis e distribui-se amizade, solidariedade, alegria. Ingredientes indispensáveis à construção da Paz.
Que bom seria se pudéssemos viver o quotidiano sem notícias de assaltos, assassinatos, violações dos direitos humanos?
E se, cada um de nós, fizer algo para que a tradição não morra? E se num amanhã, que começa hoje,  contribuíssemos  para a construção da Paz?
Talvez o Ano de 2012 que está tão ensombrado por nuvens plúmbeas se torne mais brilhante, deixando passar o raios do Sol quente de fogo.