segunda-feira, 15 de abril de 2013

Os aparelhos!!!

Soubemos pela Comunicação Social o que há muito pressentíamos. O Líder do PS foi reeleito com 96 por cento e mais uns pósitos de votos dos seus camaradas de Partido. Pouco mais de 26.000 dos 45.000 possíveis eleitores com uma abstenção que ronda os 40%. E isto leva-nos a algumas reflexões: 
A primeira é de que já nem os militantes partidários se dão ao trabalho de escolher os líderes logo, deixam de ser militantes, na verdadeira acepção da palavra, por que não militam, não lutam, não discutem, não se interessam, não fazem parte dos que acreditam;
A segunda merecia uma discussão mais alargada mas vamos simplificá-la. Dizem que a eleição na ditas directas é mais democrática porque permite a intervenção de todos os militantes e não só da cúpulas. Damos de barato que assim seja. Então para que serve o congresso que se realiza no fim do mês? É para a entronização? Para o culto da personalidade?
Não se podem discutir ideias (moções) porque os congressistas estão todos arregimentados e obrigados pelo voto que fizeram nas directas. Para as directas também não houve lugar ao debate, nem sequer candidatos alternativos, credíveis. A pergunta mantém-se: Para quê gastar tanto dinheiro?
Há uns anos atrás discuti este assunto com o actual líder do PS e, para não quebrar o sigilo que impõe sobre uma conversa privada e em ambiente amigável, não direi qual era a sua opinião na altura. Não o condeno hoje por ter aproveitado as regras estabelecidas que vêm de trás.
Para não tornar longa esta postagem não continuaremos a dissecar o assunto mas concluímos aquilo que há muito sabemos: os aparelhos partidários são máquinas trituradoras que conseguem dominar e minar os Partidos e, consequentemente, dominam e minam o País. Por isso assistimos continuamente a compadrios, a benesses, a coberturas e branqueamento de situações perante a Justiça que não é equitativo com situações de qualquer cidadão.
Desta feita o aparelho vai colocar o Tó Zé como primeiro ministro. Oxalá ele consiga contrariar o espírito jota que prevalece nos actuais partidos do arco governativo. Tenho as minha dúvidas mas... 

terça-feira, 19 de março de 2013

Sorte madrasta!!!

Que povo é este, meu Deus? Que gente é esta que geramos? Dizem por aí uns "entendidos" eu chamaria vendidos, que os Partidos Políticos são o cerne, o fundamento, o pilar da Democracia, será?
Se Democracia é o poder do povo para que é que o povo precisa de Partidos, como se precisasse de Clubes de Futebol ou de usurários, ou proxenetas, ou de exploradores e de esclavagistas ou agiotas, de Partidos do tipo existente, sem ideologia, sem programa, sem princípios. Talvez precise de Partidos mas, neste caso, terá de expurgar estes, reformulá-los, refundá-los, aniquilá-los, para surgirem outros puros, limpos, claros, transparentes. Menos palavrosos, mas com mais Palavra. Menos demagogos, mas com mais sentido de Estado, de Nação de Povo.
Precisamos de gente que não se aniquila perante o poder do dinheiro. Não se submete perante a cunha ou o Poder da influência. Precisamos de gente que não se acobarde perante os poderosos deste mundo. Precisamos de gente que morra de pé por um ideal, mas não viva de joelhos perante um corruptor. 
Precisamos de retroceder no tempo para irmos catar as fórmulas mais genuínas de viver numa sociedade mais justa, nem que apenas consigamos as teorias, já que as práticas podem não ser tão edificantes. Mas, com as teorias, refazermos o paradigma que nos ensine a viver como irmãos, interdependentes, indissociáveis porque, afinal, vistas bem as coisas sozinhos não somos ninguém, mesmo que carregados de ouro.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Angústia!

Eram horas de jantar. Toca o telemóvel. Aparece o nome da pessoa que ligou e houve, em mim e na minha mulher, um misto de sensações. Eu pensei: a minha amiga está melhor e já consegue falar connosco. A minha mulher pensou: a minha amiga está pior ou já faleceu e um dos filhos está a dar a notícia.
Ela teve mais razão. Era o filho da nossa amiga do peito a dizer que a mãe já não os reconhecia nem falava, nem ouvia. Está nas últimas e, segundo previsão médica, está por horas. Nenhum de nós conseguiu segurar as lágrimas que começaram a correr cara abaixo, ao mesmo tempo que o aperto no coração ia aumentando, quase nos sufocando.
Estamos a falar uma amizade de sempre, desde que nos conhecemos por gente, amizade que cultivámos nos bancos da escola, e aprofundámos ao longo das sete décadas de vida que levamos. Esta amizade tão profunda e tão genuína faz com que a nossa amiga seja mais do que isso. Faz parte da nossa família. Nós e ela sempre assim nos considerámos. Quase irmãos.
Estamos numa angústia e num temor que dá arrepios. Será que vamos conseguir dormir?
Que Deus nos ajude a todos, à nossa amiga, reservando-lhe o que for melhor para ela, à mãe, velhinha de 95 anos, aos filhos, netos e a nós seus amigos e seus irmãos, dando-nos força, alento, Fé, e Esperança que ajude a minimizar a dor que estamos a sentir.