quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Aberração

Mais uma da "Esquerda Caviar", adopção de crianças por casais homossexuais. 
Os políticos são, de uma forma geral, gente oportunista, malabarista, jogador de jogos de azar. Quase sempre bem falantes mas ocos - falam, falam e não dizem nada - persuasivos, manipuladores. Este nosso Bloco de Esquerda é o expoente destas "virtudes/defeitos".
O Pais esgadanha-se para sobreviver. Esfalfa-se para não cair na miséria total e absoluta. O desemprego é uma catástrofe sem tamanho e este tipos não têm mais nada para colocar na agenda política que esta aberração.
Qualquer pessoas com um mínimo de conhecimentos de Psicologia do Desenvolvimento sabe que a criança precisa, em igual proporção, da referência paterna e materna. Precisa de viver e conviver com um casal no sentido etimológico e histórico do termo. Um casal é a união de um macho e um fêmea em todo o reino animal. Por que será que estes senhores pagos a peso de oiro por nós todos não trabalham. Não se dedicam a coisas verdadeiramente importantes e só para serem falados numa comunicação social amorfa e acrítica trazem para a ribalta assuntos que não são problema. Nem geral, nem social e muito menos patriótico. Para que se metem na escolhas e na vida íntima de cada um de nós? Se há Leis que, sendo importantes, não são aplicadas por dificuldades notórias da Justiça para quê arranjar mais um imbróglio?
Sempre pensei que esta aberração de Partido Político, porque dotado de gente inteligente, mas antagónica, fosse diferente, fosse melhor que os outros. É pior, porque tendo obrigações intelectuais utiliza as mesmas manobras para fazer politiquice em vez de se dedicar à política. 
Mais uma desilusão. Mais uma tristeza. Mais uma mágoa.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Testamento Vital "Eutanásia"

Por dever de consciência devo alertar os meus leitores que tenho muitas dúvidas sobre o tema em questão. Não costumo ser NIM mas, nesta situação, não consigo ser objectivo.
Outro alerta se impõe. Por princípio sou um céptico sobre os actuais investigadores ou cientistas, como quiserem. Admito ser injusto para com alguns ao generalizar esta posição mas, desde que conheço teses de doutoramento e pós-doutoramento plagiadas por pessoas que deveriam ser insuspeitas, obrigam-me a esta atitude.
Então vamos ao tema. Li um livro de uma cientista que se enquadra na excepção que admito existir, Maria Filomena Mónica, uma moça da minha idade, por quem tenho respeito, consideração e admiração sobre a "Morte". Acto, no politicamente correcto, considerado de justiça, estar nas mãos de cada um e ao sabor da (in)felicidade do momento, decidir sobre a própria vida ou morte. Como se não houvesse ao longo da vida atitudes e decisões de que mais tarde nos arrependemos ou nos felicitamos. Aqui entronca o meu NIM. 
Mas gostei de ouvir há dias na televisão a nossa cientista defender o seu posicionamento a favor do sim à morte medicamente assistida - forma bonita de dizer uma coisa horrível - e nem sequer me atrevo a contestar.  Disse, porém, algumas coisas que gostei de ouvir. Uma foi sobre a formação que as sociedades contemporâneas recebem das gerações mais velhas e aí apontava o dedo ao falhanço total da família sem Valores Éticos e Morais. Outra foi a afirmação categórica de que o ser humano é intrinsecamente mau e bom, simultâneamente. Mais uma foi a demonstração da parte má do ser humano com as imagens de vandalismo no Reino Unido, não aceitando tais actos como revolta contra as injustiças sociais ou com as dificuldades económicas.
Uma última que me deixou a pensar e que me apetecia propor-lhe o desafio. Ela afirmou que tinha tido uma formação cristã enquanto adolescente e jovem mas agora era ateia. Ora aqui é que a porca torce o rabo. Como é que uma pessoa tão culta, tão inteligente, tão introspectiva diz  esta atoarda, em minha modesta opinião, está bem de ver? Como é que diz não acreditar em Deus e, ao mesmo tempo, admitir que existe? Como é que é ateia e dar relevância ao facto de uma formação religiosa ser uma salvaguarda para evitar desmandos e sociedades sem Valores? Vivesse eu em Lisboa e teria muito gosto em derimir argumentos com esta Senhora com "S" grande. Até para ver se um conseguia deixar de ser NIM e passava a ser SIM ou Não.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Uma visão da Vida.


Viver a vida

Era uma vez… Qualquer “estória” que se preze, por princípio, deve começar: “era uma vez”.... Uns dirão que é normal, corriqueiro, antiquado. Outros, pensarão, apenas, que é uma forma prosaica e pouco imaginativa. Não nos ativemos a possíveis adjectivações. Apeteceu-nos e, pronto. Sabem? Às vezes, aos velhos também apetecem coisas. Que se há-de fazer? Cá vai a “estória”: Nestes, como noutros tempos, numa qualquer floresta, situada numa qualquer localidade deste planeta, gravemente enferma da globalização, obrigatoriamente consumista, exigentemente conhecedora, cerebral mas não emocional, invejosa q.b., exaustivamente competitiva, assumidamente egoísta, os animais que a habitavam já não sabiam que fazer. Andavam atarantados procurando compreender o alcance das medidas, sistematicamente anunciadas, enfaticamente repetidas e supostamente objectivas, com vista a um amanhã risonho, fraterno, plural, solidário, onde todos tivessem o direito de nascer, crescer e viver cercados de amor, ternura, tranquilidade, segurança e com um mínimo de condições que satisfizessem as necessidades básicas, secundárias e até de prestigio, às quais, um sábio lá do sítio gostava de se referir, como direitos de todos e de cada um, sem excepção e/ou exclusão. Enfim, de levar uma vida, da concepção à morte, sem sobressaltos e angústias e terminar os dias com a dignidade devida a qualquer ser vivente, sem que no final se visse “depositado” numa qualquer caverna destinada a coisas imprestáveis. Apesar das medidas, dos choques, dos sacrifícios de hoje, rotulados como receita para o gozo do amanhã, os animais andavam inquietos: desagradados uns; emproados outros; uns sem um buraco onde se abrigar e sem um trapo para se cobrir, outros rodeados de espaços abertos e cobertos, com aquecimento central, lagos artificiais, campos de diversão e outras coisas mais. Enquanto alguns se viam postergados para as margens do seu habitat transformadas em guetos, mesmo que todos os dias labutassem duramente, do romper do Sol até a noite já ir adiantada. Desde tenra idade até à adultez ou mesmo velhice, num esforço constante e persistente para ser cada vez mais útil, mais capaz, mais competente, mais contribuinte líquido para toda a sociedade, já os outros, por influência dos “padrinhos”, das “cunhas”, dos “magnatas” e dos “nomes família”, mal saíam da adolescência, com uma aprendizagem simplista, sem experiência de vida e de sobrevivência, saltavam para a ribalta da tal globalização como administradores de qualquer coisa, grandes espaços, muitos números, com direito a luxos e mordomias e desta forma, coisas que deveriam ser de todos eram só de uns poucos. Estes poucos não precisavam de suar para ter os tais espaços cobertos, luxuosamente atapetados e adornados, pagos com cartões das empresas que administravam. Às vezes até recebiam prendas, em vez de honorários, para não pagarem o contributo que era devido à manutenção da floresta. É claro que alguns animais mais reflexivos se questionavam sobre o porquê de tanta disparidade, de tanta injustiça, de tanta desigualdade, de tanta iniquidade e cogitavam sobre a forma de mudar o estado daquela sociedade. Logo pensaram: - e se ouvíssemos os entradotes na idade que de tão viajados já conheciam outros modelos sociais? Se bem o pensaram melhor o fizeram. Pediram aos sábios, conselhos. Estes defenderam teorias, elaboraram leis, apresentaram teses mas os dias e os anos passavam e os resultados quando não se mantinham pioravam. As desigualdades em vez de se esbaterem acentuaram-se. Premiava-se a mediocridade e subalternizava-se a excelência. Enfim, o caos estava instalado e a insatisfação levava constantemente a manifestações quando não, mesmo, a actos de violência, vandalismo, ou coisa pior, racismo, xenofobia, terrorismo ou mesmo fundamentalismo. Porque a necessidade era tanta, num belo dia de Sol resolveram reunir-se, em Assembleia-geral, na vã esperança de comparar competências, capacidades, esforços e verem se podiam mudar o “Status Quo” instalado. Estabeleceram critérios de avaliação para procurarem encontrar quem governasse a floresta de uma forma mais justa e equilibrada. Isto exigia de todos e cada um, uma demonstração inequívoca, quer das capacidades intrínsecas quer das competências adquiridas. Desta feita foi decidido convocar um referendo para que a todos fosse dada a possibilidade de mostrarem as tais capacidades inatas e as ditas competências adquiridas, para que depois de avaliadas se elegesse o bicho melhor preparado para governar o que já era um desgoverno. É claro que apareceram os elefantes, as baleias, as orcas, os tubarões, os rinocerontes e outros mastodontes que demonstraram que a sua força era insuperável e até se atreveram a lançar OPAS (Outras Potencialidades Assumidas e Subsidiárias) uns sobre os outros. Vieram depois os mais ágeis: felinos, gazelas e outros, que de tão velozes, em maratonas eram imbatíveis. Também não deixaram de aparecer as serpentes, venenosas ou inofensivas, mas sempre rastejantes e viscosas. As águias-reais de olhar agudo penetrante e velocidade na caça à presa. Enfim, todo o tipo de espécies que habitava a floresta e que de uma forma ou de outra mostravam ali a sua sageza, destreza, corrida, força, natação voo, nas tais coisas básicas e indispensáveis à vida e à sobrevivência de que nos falava o tal sábio do início da “estória”. Analisados os resultados obtidos em função de todos os parâmetros estabelecidos, ao fim de um escrutínio sem truques nem malabarismos, as projecções à boca das urnas falharam todas, e em toda a linha. Porque se uns apontavam o leão como Rei eleito devido ao seu urro aterrorizador, outros diziam que o leopardo ganharia pela sua astúcia e agilidade e outros ainda apostavam no elefante pela sua força descomunal. Engano puro: o leão sendo forte e inteligente, não conseguia voar. Faltavam-lhe requisitos. O leopardo até subia às árvores mas não nadava e muito menos voava, apesar de ser veloz na corrida. Do elefante nem se fala, excepto na força e resistência todos os restantes parâmetros eram prejudicados. Não haveria ninguém que satisfizesse os quesitos? É claro que havia e daí a surpresa. Quem seria? Foi o Pato Bravo. Sim, o Pato. Apesar de não preencher, eficazmente, nenhum dos quesitos conseguia ser medíocre em todos. Voava mal, mas lá dava os seus pequenos voos. Nadava mal, mas não se afogava no lago. Corria pouco, mas lá ensaiava as suas curtíssimas corridas. Conclusão: foi eleito o Pato como o mais apto e mais condizente às necessidades organizativas da floresta. Não sendo bom em nada, não tendo competências para coisa nenhuma, nem sendo excelente em nenhuma tarefa, fazia da sua mediocridade a diferença pretendida. Nesta floresta afinal, não é preciso ser forte, nem inteligente, nem competente, nem ágil, nem eficaz, nem sequer lutador, basta que se seja medíocre. Esta é a condição básica para se chegar ao poder, desfrutar de benesses, ser alguém na vida. Desta feita, ainda que nos custe, lá teremos que aprender e esforçar-nos por sermos Patos, para que um dia qualquer, não nos confrontemos com, o inevitável empurrão, para as valetas da vida.
Abril de 2006
reedição por me parecer adequada.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ao correr da pena...

Ao correr da pena e do pensamento,
Lá se vai criando uma ideia, um sentimento,
Para transmitir ao outro, desatento,
Que necessita de atenção e de alimento.

Volta à terra e o sofrimento,
Já não deixa espaço nem lamento
Que possa calar o desalento
De uma alma inquieta, um corpo em tormento.

Se, por uma vez ela quisesse e pudesse,
Cantar, dançar sem descanso, com alento.
Leve solta, desperta, e por fim tivesse

O resultado da criação, dum embrião de poema,
Sem estética nem métrica nem conhecimento,
Apenas um desabafo de amor e de pena.