sábado, 22 de setembro de 2012

Só Ares

Não sei o que se passa com este senhor! Ou talvez saiba e nem queira acreditar. Este espécimen, que já tem longa vida, beneficiou sempre, da indulgência deste infeliz povo. Desde o exílio dourado em S. Tomé e em Paris até hoje em Lisboa. Já alguém viu a C.S. apontar os milhões que gastou e continua a gastar, à nossa custa? Já alguém viu a C. S. apontar o dedo a um indivíduo que nasceu de rabo para a lua e continua a beneficiar do silêncio e, muitas vezes, do elogio bacoco e da cumplicidade para com este tipo de gente que, no seu currículo, apenas tem a pseudo-luta antifascista, que aproveitou sempre e só, em benefício próprio e dos seus? Quem não se lembra do desaforo que teve para com o GNR que o escoltava na sua famosa presidência aberta? Quem não se lembra de que este senhor apenas foi bom em cavalgar a onda? Em apostar no cavalo certo? Saber rodear-se de amigos que lhe aplanaram o caminho?
Quem não vê os seus comentários e a sua verborreia espalhada por alguns jornais que, também, vivem à nossa custa, não lhe vem à memória os seus gastos sumptuosos, a prendas que recebeu e que guarda na sua casa das Cortes de Leiria?
E o que ontem fez quando abandonou uma reunião a que é obrigado a assistir, quer concorde quer não, e que recebe e usufrui de mordomias por pertencer a este clã?
Será que esta gente não aprende e vê, "claramente visto", que esta espécie  é que é responsável pelo estado de coisas que vivemos hoje?
Será que a pseudo-liberdade vale tanto sacrifício? Quando é que teremos coragem de correr com esta parasitagem?
Quem vive de cócoras jamais se livrará da dor de costas. Por mim, prefiro dor de pernas e de cabeça, mas vivo e pretendo morrer de pé.

domingo, 9 de setembro de 2012

A Culpa!

Não sei se a análise que se segue está correcta. Não estudamos Economia. Sabemos o que vemos. E, do que vemos, inferimos:
Pelos vistos só o Trabalho é que se endividou e, consequentemente, tem de pagar as favas. Pelos vistos os que desfalcaram (roubaram) o BPN e o BPP são anjinhos, nós sim, somos culpados.
O estado tem de pagar os erros de governações sucessivas e, como está bem de ver, tem de ir aos bolsos a quem trabalha. De fora ficam os políticos, os patrões, os banqueiros, os especuladores e outros privilegiados deste país.
Isto poderá querer dizer que só o trabalho é que pode salvar este Portugal desgraçado. Isto pode querer dizer que só o trabalho é produtivo. O resto é parasitagem.
O PM não sabe, não quer, tem medo, é incapaz ou é tudo junto e não consegue bater de frente com os poderosos. Não consegue diminuir os salários dos gestores, mesmo os da empresas do Estado, que dão prejuízos sobre prejuízos. Não se atreve a mexer, reduzindo, o número de Juntas de Freguesia, inúteis porque sobrepostas, como é o caso das sedes dos concelhos - apenas um exemplo - não consegue aprovar legislação que diminua o número de deputados, de membros das Autarquias, de Câmaras Municipais, de Empresas do Estado, Fundações, Institutos Públicos, etc., etc., etc.
Anuncia que vai fazer e não faz rigorosamente nada, excepto apertar o cinto a quem trabalha. A estes é lesto em, cada dia que passa, reduzir o poder de compra, reduzir o emprego, e tirar a vida e os haveres de vidas de trabalho e sacrifício.
O homem quer parecer ser simpático, quer parecer que é sensível às dores de quem ele espolia, mas soa a falso. Aquele ar de pessoa normal contrasta com o do Sócrates mas, na essência, não é melhor. Aplica a mesma receita e sobrecarrega sempre os mesmos, por cobardia ou desconhecimento. Não tem força para cortar no desperdício, no supérfluo e arrasa no essencial. É triste.
Há cerca de quatro décadas que deixamos que a Hidra cresça e prospere sem limites, sem pudor e sem vergonha. É tempo demais para um regime tão injusto. Diz-se que é democrático, que é livre, que é avançado e contrasta com o anterior. É mentira, porque é falso, porque é indigno, porque é injusto, porque é, apenas, dos espertos, porque possibilita que se chame gatuno ao PM mas coarta a vida dos jovens e dos velhos.
É, profundamente, antidemocrático quando penaliza apenas, e só, os trabalhadores e os pensionistas. É, antidemocrático, quando retira a esperança aos pobres e permite o desbragado luxo de uma elite parasitária, medíocre e incompetente, mas poderosa desde o berço ou das falcatruas que o dinheiro lhe proporciona. 
É culpa nossa. Vimos, ouvimos e lemos e ignorámos. O nosso laxismo levou-nos a esta podridão.
Mas já basta! É preciso, é premente, é urgente, é imperioso, é patriótico, mudar de regime, de política e de políticos. É preciso apostar na seriedade, na justiça, na concórdia, expurgando da sociedade os tumores que a corrompem e a maltratam.