sábado, 13 de outubro de 2012

Não seria necessário!!!

Não seria necessário lembrar que temos, pela primeira vez, uma mulher na Presidência da Procuradoria Geral da República. Não seria necessário se não fosse, precisamente, a primeira vez. O Sistema de Justiça é tão vetusto que deveria ser normal a substituição de uma personalidade por outra sem que o sexo fosse uma novidade. Mas não é assim. Infelizmente, só agora temos uma Senhora aos comandos da PGR.
Não sei se é bom ou se é mau. Sei que é diferente e, só por isso, merece o meu respeito e a minha esperança num mandato que dignifique a Justiça para todos. As minhas felicitações à Senhora Procuradora Geral da República e a quem teve a coragem de a indicar e nomear. É destes exemplos que Portugal precisa para se erguer, para ter horizontes, para ser audaz.
O tempo fará história do que nos próximos seis anos se passar no Ministério Público, mas eu acredito que será uma história edificante. Espero que o tempo me dê razão. É bom para mim, é bom para ti, é bom para todos, excepto para os criminosos. Melhor, até para os criminosos será bom, pois ver-se-ão confrontados com os seus erros e com a possibilidade de os corrigirem para seu bem e de toda a sociedade.
Do PGR cessante ainda não é o tempo de se fazer uma avaliação exaustiva mas fica a ideia de que muita coisa se passou que não abona a seu favor. Dizia que se sentia a rainha de Inglaterra e, porventura, até podia ser verdade mas, o que passa para a opinião pública, é um certo laxismo, uma certa protecção aos poderosos, uma certa desinformação, fazendo crer que há muitos e escabrosos casos mas que, no fim de muitos anos, tudo ficou na mesma. Pode-se ser injusto com esta apreciação mas é o que parece.
Veremos agora se a nova PGR tem outra postura e não se sente nem mais nem menos do que verdadeiramente é e leva adiante todos os casos por mais incómodos que sejam, por mais tubarões que envolvam, e faça com que a Justiça seja um pilar no qual se acredite sem reservas. Oxalá.