quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

ESTUPEFACÇÃO

 

ESTUPEFACÇÃO!

Ando, de facto, muito admirado com o que se passa na campanha eleitoral para as legislativas nacionais. Ouço os líderes partidários e fico abismado com o que dizem, na maior parte da vezes, baboseiras e idiotices.

Comecemos pelo Pedro Nuno Santos, por ser o líder do maior partido político até hoje. Todas as suas declarações não passam de lugares-comuns, de parvoíces, de titubeantes afirmações. Hoje é uma coisa, amanhã é outra, completamente contrária, sobre o mesmo assunto. Não tem uma palavra sobre o futuro. Não se vislumbra uma ideia para além da propaganda gasta e mentirosa a que o partido socialista nos vem habituando há muitos anos e que se verifica no dia-a-dia, que deixa o país onde nada funciona o que depende do Estado que ele controla.

Passemos a Luis Montenegro que, sendo coerente não tem chama, não galvaniza as hostes, apesar das suas ideias inovadoras e com alguma visão de futuro mais apelativo.

Seguindo a ordem, passemos para a terceira força política, o Chega e André Ventura, que muita comunicação social diaboliza e que é isso que o faz crescer, na minha opinião. O Ventura, como homem culto e inteligente que é, vai aproveitando o vazio de projectos e de alterações ao status quo que existe há muito tempo, há demasiado tempo. É travesso, às vezes, malcriado, mas que aborda os assuntos que os outros não querem tratar. É demagogo, porque, na eventualidade de vir a governar o país, não conseguiria fazer metade daquilo que propõe. De qualquer forma é uma pedrada no charco numa campanha que se destaca pela desinformação por parte de todos.

Vamos para o Bloco de Esquerda e a Mariana Mortágua, a tal que mente, descaradamente, sobre a avozinha, envolvendo-a numa campanha rasteira, para atingir e maldizer os adversários, no caso concreto, contra a AD de Luis Montenegro. Esta miúda é uma demagoga do pior. É ditadora, na sua origem, e continua até ao seu ocaso. Odeia quem tem alguma coisa, algum património, no país e quer que todos os portugueses sejam pobrezinhos, mesmo miseráveis. Para além do mais tenta chamar aos eleitores de parvos e desmemoriados, querendo que esqueçam que ela e o seu partido teve responsabilidades no suporte de um governo que não foi sufragado pelo povo português, apoiando o partido socialista num verdadeiro golpe de estado, que tendo perdido as eleições viesse a governar contra quem tinha ganho as eleições que foi o PSD e o CDS em coligação. Esta menina para além de mentirosa é arrogante e incompetente que tenta escamotear tudo aquilo em que se mete e lidera como é o caso da “climáxico” que atira tinta contra quadros e obras de arte e pessoas, parte vidos de montras, corta ruas tornando a vida das pessoas num inferno. Isto para não falar das suas causas contra as pessoas comuns e querendo que as minorias LGBTQ+ se imponham ao país e às populações que não se identificam com estes valores.

Passemos ao PCP e ao Paulo Raimundo que é um novato nestas andanças, é secretário-geral do partido há muito pouco tempo. Parecendo ser um homem sério tem um discurso do século passado que é próprio de um partido comunista e ditatorial. Tenta passar uma mensagem de defesa dos trabalhadores e du povo, que já não existe e nem entende estas posições. É um líder que não se afirma pela sua própria ideia para o país, mas é um papagaio que tenta debitar a cassete do partido que não muda há mais de meio século. É um partido moribundo que esbraceja para tentar mostrar que está vivo. É um partido que está em contraciclo com a História, muito seguidor da Rússia Putinista que idolatra tudo o que é comunismo, mesmo que esse comunismo esteja completamente fora do tempo.

Vamos agora aos pequenos partidos que eu denomino de partidos, essencialmente, urbanos e paroquiais, o PAN de Inês Sousa Real e Rui Tavares do Livre. São partidos sem ideário e sem projectos, mas são partidos dos slogans e dos fundamentalismos. Como tal os dirigentes são os chefes dos gangs lá do sítio e portam-se como tal. São obtusos os dois, em iguais proporções, passando a vida a dizer parvoíces e baboseiras. A Inês tem o descaramento de ofender os eleitores do Chega, quando este partido tem muitos milhares de votos e ela só tem poucas dezenas, acusando-o e aos seus eleitores de ditadores, xenófobos e racistas, quando ela é que propôs e conseguiu a aprovação com o PS de medidas onde tudo é proibido, menos os cãezinhos e os gatinhos, passando as pessoas a ser criminosos e os animaizinhos os deuses, portanto pura ditadura. Já o Rui Tavares não se distingue em nada do PS e apenas existe porque é dissidente do Bloco de Esquerda, tendo sido eurodeputado por este partido e ganhado uma pipa de massa, que não aceitou ser destituído desta mordomia e, para poder voltar a ter o tacho de luxo, criou um partido que chamou de Livre onde a liberdade é apenas para ele e para as suas mordomias. Para além do mais os dois têm telhados de vidro quebradiços. A primeira porque quer proibir a utilização de herbicidas e pesticidas e o marido tem estufas de culturas intensivas. O segundo um arauto da escola pública e tem os seus filhos na escola privada. Defende uma escola pública para os deserdados da sorte e ele, um privilegiado, não a quer e por isso tem os seus filhos a estudar onde os preparam melhor para terem uma vida mais desafogada.

27/02/2024

Zé Rainho

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Intolerável!

 

INTOLERÁVEL!

Há situações que não se podem admitir porque são absurdas, porque são vilipendiosas, porque são injustas, porque são intoleráveis.

Assistimos no final do mês passado, em directo pela televisão, ao aparato policial na Madeira que redundou na prisão de três indivíduos e da demissão do chefe do governo regional.

Passados 21 dias presos, os dois empresários e o ex-presidente da Câmara, que, entretanto, se demitiu, o juiz mandou-os em liberdade e afirmou, no acórdão, que não tinha visto indícios de qualquer crime.

Não é admissível que uma pessoa seja presa por um motivo fútil. Assim, ou o ministério público e a polícia judiciária andaram muito mal neste processo ou o juiz, pura e simplesmente, desvalorizou as provas apresentadas.

Qualquer destas instituições pode aduzir muitos argumentos para o que aconteceu, mas, para o cidadão comum, houve aqui algo de muito estranho, que pode ir desde o abuso de poder até à interferência judicial na política nacional e, seja qual for, a situação é intolerável.

Logo que se conheceu a decisão do juiz de instrução vieram os advogados de defesa e outros advogados ao serviço do regime a culpabilizar o ministério público. Caso estranho é que esses advogados do regime são sempre os mesmos e sempre atacantes do MP.

O Partido Socialista e o Partido Social Democrata, para além de figuras gradas da política, já vieram, também, questionar a justiça e a sua forma de actuar, particularizando esse ataque, no ministério público e na Procuradora-Geral da República e isso é igualmente intolerável.

A Justiça tem muitas fragilidades, mas isso não pode querer dizer que a política deve interferir nela. Os exemplos que vêm de outras latitudes não são nada abonatórias. Veja-se o caso de Orban da Hungria. Veja-se o caso de Putin da Rússia. Veja-se o caso de Maduro da Venezuela. Veja-se o caso do Irão, de Israel e nunca mais acabaríamos se os continuássemos a enumerar.

É intolerável que se molestem os cidadãos com esta ligeireza. É intolerável que se afrontem os políticos sem provas. É intolerável que não se assaquem responsabilidades aos dirigentes que permitiram que os seus subordinados procedessem desta maneira inqualificável.

Por isso o que se exige à Justiça e a quem a aplica é responsabilidade, imparcialidade e, sobretudo Justiça, quer esta seja protagonizada por Magistrados do Ministério Público ou Magistrados judiciais, mas nunca, nunca mesmo, deixar que a política tente condicionar a Justiça.

16/02/2024

Zé Rainho