domingo, 19 de fevereiro de 2012

Zona de Lazer de Meimoa


A vida gira e roda de trás para a frente,
Há quem diga que de repente, ou lentamente.
Outros  que se agarram ao passado.
Que importa o ontem ou amanhã?
Se o hoje, o agora, o presente é ideia vã, 
Pouco relevante se é triste, ou alegre, seu fado.

Há quem queira sentir-se sem esperança!
Porque tudo é mau, tudo é desconfiança.
Será com gente desta que deixaremos aos vindouros,
Um vida digna de progenitores arrojados,
Gigantes, destemidos, valentes, honrados
Honestos, trabalhadores, competentes, imorredouros?

Mas há exemplos dignos de menção,
De jovens que aos seus querem dar Saber e Pão. 
Deitam as unhas de fora e, contra a maré,
Sonham, projectam, lutam, fazem, sendo exemplo,
Mostram como se pode ser prior onde falta o templo.
Realizam Obra que serve a todos e fica de pé,

Dizem que fazer filhos em mulher alheia,
É asneira da grossa, adágio da aldeia,
Este caso, prosaico, contraria tal ditado. 
Pois o empenho colocado em obra harmoniosa,
Traz p'ra esta terra recatada, simples, primorosa,
Local aprazível, belo, esplendoroso, mesmo requintado.

Falamos da nossa Zona de Lazer,
Mais conhecida por Praia fluvial, linda de morrer!
E do seu concessionário que da vida tem um lema:
Que p'ra vencer só o trabalho e a dedicação e o amor,
Podem tudo na adversidade, na crise e no temor,
P'ra um amanhã mais risonho, feliz, que vale a pena.

Meimoa, 18 de Fevereiro de 2012 


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Para os amigos...



        Com a devida vénia, permitam que deixe esta reflexão, que não é da minha autoria, mas que assumo por inteiro.

 
cid:49F0896EC11A415AAC55C52524CEE626@SeverinoPCFernando Pessoa

"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.

 
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!

- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes
daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a
sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não
deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!"

cid:49F0896EC11A415AAC55C52524CEE626@SeverinoPC

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso, existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"
Fernando Pessoa