sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ver grego

É da usança popular
Vermo-nos gregos p'ra alcançar,
Metas, tarefas complicadas.
No dia que agora passa,
Mais se apropria a ameaça.
Do contágio emblemático,
Que só poderá ser trágico,
P'ro português nostálgico.

É o déficite, a dívida soberana,
P'ra qual não chega a derrama,
O outro qualquer imposto.
Habituado a comer fiado,
Lá vai o freguês ao comércio ali ao lado,
Pendurar mais um prego,
Que depois se vê grego,
P'ra ver o livro saldado.

2 comentários:

  1. Colega e Amigo,
    De forma apropriada e em duas estrofes "apanhou" a situação de "prego" em que nos colocaram e de que vamos ver-nos "gregos" para de lá sairmos. Se não der tudo naquilo que ainda hoje vimos em Atenas.
    Apesar da tragédia "grega" da situação, gostei do que li. Abraço.

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  2. Amigo Serrano
    Obrigado pelas palavras simpáticas. Eu não tenho jeito nenhum para a poesia mas deu-me para isto. É senilidade a manifestar-se.
    Grande abraço amigo
    Caldeira

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