quarta-feira, 13 de julho de 2011

Vida campesina.

A vida de outros tempos, no mesmo lugar,
Era pacata, simples, monótona e rotineira.
Trabalho, campo, família, vizinhos, altar,
Serões animados, com cantoria à lareira.

Agora, dias sem Jornais, Internet, Televisão,
São horas infindas de bocejo, modorra e neurose,
Como se viver dependesse da tecnologia e da razão,
Esquecendo pessoas que falam, historiam, em osmose.

Hoje a vida não tem passado nem presente.
Vive-se em função do amanhã, do futuro,
Esquecendo-se que o ontem é já ausente.

O amanhã é uma incógnita permanente,
Desperdiçar os dias com o depois, inseguro,
Será, porventura, loucura e tontaria imprudente.

7 comentários:

  1. Ainda lembro do fogão a lenha, trem maria fumaça, rádio vitrola e outras coisas do passado,quando eu ainda era bem criança, onde as pessoas estavam sempre juntas, o progresso mudou muito a vida das pessoas, muitas coisas melhoraram mas paga-se sempre um preço, tipo "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley.Muito bom esse texto, parabéns.

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  2. Zé como tive um bocadinho hoje vim visitar-te. Esses dias de que falas, que se viviam antigamente, pode também ser vividos hoje. Pelo menos no fim-de-semana vivo assim, calmamente, raramente ligo a TV, net nem pensar, vivo no meio da natureza. Agora já nem os cavalos faltam. É essa a vida que me faz feliz. Sempre adorei a calma, a paz e o campo dá-nos tudo isso. Beijinhos

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  3. Amanda,
    Muito obrigado por ter passado por este espaço desabafo e recordações. Vou já visitar o seu blogue.
    Grande abraço
    Caldeira

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  4. Arnoldo,
    Que saudades. Já há tempos que não nos falamos. Tenho estado sem net há cerca de um mês. O admirável Mundo Novo não será tão admirável assim e, porventura, nem tão novo, apenas mais complicado.
    Grande abraço
    Caldeira

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  5. Brown Eyes,
    Obrigado por teres passado por aqui. Tens sorte de ter cavalos e um espaço rústico a condizer. Eu vivo numa aldeia mas em que só há velhos, vestidos pretos, luto e pouco mais. Não tenho a sorte de viver o bucólico que poderia existir se houvesse gente com quem pudesse falar.
    Beijinhos
    Caldeira

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  6. Zé,
    uma verdadeira radiografia poética dos tempos que correm.gostei!
    beijooooo

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  7. Em@,
    Obrigado pela simpatia. Ainda bem que gostaste. Eu tenho sempre a sensação de que o escrevo em forma de poesia não vale nada.
    Beijinho
    Caldeira

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