quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A História Repete-se

"Isto é que vai uma crise". Esta frase era falada e cantada pela saudosa Ivone Silva numa rábula que fazia com o Camilo de Oliveira, já lá vão mais de 30 anos.
Parece ser o nosso fado. O nosso destino. Viver sempre em crise.
A crise é de dinheiro? É. A crise é de Valores materiais? É. A crise é culpa da Europa? É. A crise é culpa dos Governantes e dos políticos em geral? É. Mas a crise é bem mais do que isso. A crise é a acomodação. A crise é o esquecimento. A crise somos nós. Povo sem garra, desleixado. A crise é não aprender com os erros. 
Começo por mim. Por que será que há quase dois meses que não escrevo uma linha por aqui? falta de tempo? Vontade? Lembrança? Não. Desleixo, puro e duro.
E isto é extensivo à generalidade das pessoas porque em vez de se indignarem acomodam-se. Vejam só agora o Soares a encabeçar um movimento de protesto, em véspera de Greve Geral, para que se crie um Novo Paradigma de desenvolvimento. Então não foi este Senhor que me roubou o meu subsídio de Natal de 1981, quando era PM? Então não foi este Senhor tudo o que poderia ser em termos de Poder neste País? Foi M. dos Negócios Estrangeiros, P.M. Presidente da República e não terá culpa do paradigma errado? Então não tem este Senhor uma Fundação paga por todos nós? Pergunte-se à Câmara de Leiria quando paga por mês para ele ter um "Palácio" nas Cortes. Então não tem este Senhor Carro, motorista, secretário(a) e Gabinete para ir ler os jornais e escrever algumas parvoíces que os Jornais ainda publicam?
Meus amigos a crise sou eu, és tu, somos todos porque não temos coragem de correr com esta escumalha que se aninhou debaixo do chapéu do Poder para enriquecer a si próprio e aos seus amigos. A escumalha que chegou ao Terreiro do Paço com uma mão atrás outra à frente e agora tem tudo o que é luxuoso e tem, sobretudo, falta de carácter, de vergonha na cara.

4 comentários:

  1. Oi Zé,
    Não podemos impedir que urubus voem sobre nós, mas, podemos impedir que eles façam ninhos em nossa cabeça.
    Sempre haverá uma coisa que possamos fazer.
    Eu estava com saudade de voçe, mas tambem não escrevia há 2 meses, agora estou tentando voltar.
    Vá me visitar! Um grande abraço meu doce amigo.

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  2. Zé,
    Demoraste a aparecer, mas voltaste em grande forma.
    Quanto a culpas, ela não pode eternamente morrer solteira, e todos, de uma forma ou de outra, a temos no cartório. E a conta vai ser bem alta, ó se vai!

    Abraço

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  3. Olá Silviah,
    Que saudades minha boa amiga. Já há muito tempo que não nos visitamos e não falamos. A mim pareceram-me séculos. Vamos lá tentar retomar o diálogo.
    Grande beijinho p'ra você. Vou vê-la, não só visitá-la.

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  4. Meu caro Agostinho,
    É como dizes. A gente pensa que as coisas más só acontecem aos outros e quando damos quando estamos com elas dentro da nossa pele.
    Foi bom ver-te por aqui. Vou passar pelo teu espaço porque sinto que estou a desperdiçar conhecimentos preciosos.
    Grande abraço, amigo.

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