domingo, 18 de fevereiro de 2018

Reflexão

Quando estava a fazer a minha higiene pessoal dei por mim a pensar: para que servirá um acessório existente nos lavatórios das casas de banho? A tampinha existente para permitir que a água não se esgote imediatamente não se utiliza no dia-a-dia. Então para que lá está? O mesmo para um copo que era suposto servir para lavar os dentes que está inactivo há anos?
São utensílios que há menos de cinquenta anos era de uso diário e permanente, hoje nem tanto.
São estas as variáveis que me levaram a questionar a mudança tão radical e em tão pouco tempo.
É que há menos de cinco décadas não havia água canalizada e, para uso diário, nas mais diversas situações era preciso ir à fonte mais próxima buscar o precioso líquido. Talvez por isso se lavava os dentes utilizando o copo com água. Lavava-se a cara com água depositada no lavatório e que não era mais de dois litros. O mesmo para a louça. Ainda semelhante para a roupa.
E vamos lá a ver, andávamos sujos? Não. Havia menos higiene? Não. Poupava-se água por sensibilidade para com o meio-ambiente? Não. Custava muito e gastava-se muito tempo no abastecimento deste líquido ao lar.
Hoje tudo são facilidades e, mesmo vendo que a seca e a falta de água no planeta é uma realidade, ninguém se preocupa e poucas são as pessoas que decidem ser parcimoniosas no uso deste bem essencial. Falo por mim, já se vê.
Posto isto não será altura de mudarmos o nosso comportamento? É que quem é da minha geração certamente se lembra da penúria da água em casa e até nos campos e, desta forma, não será difícil retroceder neste comportamento desbragado de desperdício deste bem escasso.
Que tal pensar nisto?

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