sexta-feira, 25 de novembro de 2022

25 de Novembro

 

25 DE NOVEMBRO DE 1975

Um povo sem memória é um povo sem futuro. Porque desejo um futuro melhor para o meu povo, hoje quero falar para os mais novos e, também para os professores, de todos os níveis e graus de ensino. Não com moralismos nem como se fosse dono da verdade, ma como modesto contributo de um cidadão com memória.

Talvez por falta de informação, nas escolas e universidades, não é raro ouvirmos jovens dizer que não sabem o que representam muitos dos feriados nacionais. Se estiverem atentos às entrevistas que, às vezes, as televisões fazem ao público, em geral, verificarão que o próximo dia 1 de Dezembro é um desses feriados desconhecidos, o mesmo se passando com o 5 de Outubro e outros. Parece haver uma certa alienação colectiva. O que importa é que nesses dias não se trabalha, o motivo, não interessa.  

Os feriados são determinados pelos órgãos máximos do Estado. Mas há dias que não são feriados, que são tão ou mais importantes do que aqueles que o são, por determinação política.

Hoje é um desses dias. Não é feriado, mas é de uma relevância fulcral no nosso País e para a esmagadora maioria do nosso povo.

Em 25 de Novembro de 1975, se não fossem uns militares patrióticos e uns civis esclarecidos, poderíamos ser um satélite soviético como é o caso de Cuba, por exemplo. Ou podíamos ter entrado numa guerra civil de proporções inimagináveis, mas com muito sangue derramado.

Por isso devemos lembrar quem foi importante e quem arriscou a vida e o bem-estar pessoal, em benefício da pátria e do seu povo. Desde logo o Coronel Jaime Neves, General Ramalho Eanes, coronel Melo Antunes e muitos outros militares, honrados e patrióticos que, dando o corpo às balas, conseguiram travar a deriva revolucionário/comunista das Forças Armadas. Mas também civis, como Mário Soares, Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e muitos outros que não se acomodaram com a situação.

Dos traidores à Pátria, que tinham na sua agenda a conquista do poder, para benefício próprio ou do seu grupo, quer civis, quer militares, não vale a pena falar. Conhecemos os seus nomes, mas são gente menor, que não merece ficar na História, por isso não vale a pena lembrarmo-nos deles.

Hoje, em minha modesta opinião, devia ser feriado nacional e os meios de comunicação social e a Escola, no seu todo, deviam fazer a apologia deste dia, como um dos mais importantes da democracia portuguesa. Não o fazem e é pena.

Nós estamos aqui a fazer a parte que nos cabe. Honra aos heróis vivos ou falecidos, desprezo total e absoluto pelos traidores que ainda por cá andam ou já entregaram a alma ao Criador.

25/11/2022

Zé Rainho

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