domingo, 12 de dezembro de 2010

A Neve, beleza e consequência.

Imagem tirada da NET

Voltando à meninice,
às primeiras letras, conhecimento,
não se olvida do pensamento,
o poema sobre a neve
do poeta da moral da criancice.

Bate leve, levemente,
está na lembrança de toda a gente.
O que referia a história.
Faz bater o coração,
lembrando a privação,
 de tantas crianças de então.

Hoje leva-se as crianças à neve,
para se divertir,
correr, saltar, sorrir.
Em tempos pouco distantes,
a neve era fria, cruel,
p'ra pés descalços e nus,
de meninos que não brincavam,
mas todos os dias trabalhavam.

Crianças que, como homens,
iam à luta semear,
o que aspiravam colher,
quando tivessem idade.
Era tal a necessidade,
Não deixava tempo p'ra admirar,
a beleza ímpar,
de um nevão espectacular.

Mas a neve é uma bênção,
p'ra a terra e a lavoura,
a brancura é mais do que isso,
é água que, qual enguiço,
se infiltra no seio da terra,
dá às pragas sumiço,
aumentando a produção.

Fica contente o lavrador,
 adivinhar que o seu labor,
há-de dar frutos sem fim.
Beleza na Primavera,
com flores brancas e cores,
que serão os seus amores,
e recursos indispensáveis,
à vida que a gente gera.

Apesar das circunstâncias,
a neve tem semelhanças
antigas e agora.
Só muda a forma d'encarar,
de sofrer ou de brincar,
mas de beleza p'ra amar.

Estamos em tempo de frio,
quase chega o Natal,
a neve, qual postal,
que a todos impressiona,
mas inclemente,
p'ra pessoa sofredora.

2 comentários:



  1. Gosto de o ver gostar de poetar.Vê-se que tem o coração cheiiiiiiiiiiiinho de sensibilidade a querer transbordar. Olhe, este poema vem mesmo a calhar...com o frio que está.Está quase a chegar o Natal e o frio inclemente é REALMENTE DURO PARA OS QUE SOFREM.
    Um grande abraço e continue. CONTINUE!!!!!!!

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  2. Ibel,
    Muito obrigado pelas palavras de incentivo que são, apenas, para eu não desistir.
    Sinto-me pequenino ao pé de si e de outras pessoas que me apoiam, verdadeiros mestres na arte de poetar. Tenho tantas dificuldades que nem imagina. Mas lá que tenho vontade de aprender, lá isso tenho.
    Aqui, hoje está um frio de rachar. Mas é como diz o povo: "dos Santos ao Natal é o Inverno natural". Tenho imensa angústia quando penso naqueles que nem um tecto têm para se abrigar. Muito mais quando conheço alguns idosos que não têm sequer dinheiro para medicamentos, quanto mais para comprar lenha para se aquecerem. E as forças já não lhe permitem ir ao campo apanhar essa lenha.
    Farto-me de chatear quem tem poder para ajudar mas os resultados são sempre exíguos ou mesmo nenhuns.
    Beijo
    caldeira

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