sexta-feira, 8 de julho de 2011

Que Pena!!!???

FOI ESCRITO NO DIA 7 DE MARÇO PASSADO, MAS ACHO ACTUAL E POR ISSO VOU PUBLICAR. TENHO MUITO ESPERANÇA NO NOVO MINISTRO DA EDUCAÇÃO. ELE, COMO EU ENTENDE QUE DEVEMOS ACABAR DE VEZ COM O EDUQUÊS E O BOLONHÊS QUE SÓ TRAZEM PARA A SOCIEDADE A IGNORÂNCIA CERTIFICADA.


Acabei de ver uma reportagem televisiva que me deixou abalado. Não pelos resultados que, esses, conheço-os de cor e salteado, mas pela lástima de um País, um Povo, um Sistema Educativo miserável.
Diz a reportagem, referindo-se aos Censos de 2001, que Portugal é o País da Europa com maior taxa de analfabetismo, 9% da população.
Triste realidade quando se assiste a vidas dramáticas que existem e se justificavam no Estado Novo, mas que são inadmissíveis 36 anos após o 25 de Abril de 1974.
No Estado Novo atravessámos algumas carências do pós-guerra e também desinteresse pelo Conhecimento, pelo Saber, com receio de revoltas, rebeliões. E agora, tem-se medo de quê?
Lembremo-nos de que a morte dos velhos que tinham cerca de 50 anos no 25 de Abril, foi uma forma de reduzir a taxa de analfabetismo. É uma verdade crua, mas é indesmentível. Entretanto o que fez o Ministério da Educação? E agora, o que é que faz que pessoas com 15, 22, 40, 47 e 49 anos, não saibam uma letra do tamanho de um comboio? Como é possível um miúdo de 15 anos ter frequentado o 8º ano de escolaridade e não saber quantos anos tem, em que dia nasceu e não sabe ler uma única palavra?
Como é possível que uma directora de um Agrupamento de Escolas não tenha tido a coragem de dizer que "o rei vai nu" e que a Escola se viu forçada a transitar este aluno de ano, sucessivamente, para que a Estatística funcione a favor dos ditames governamentais?
Como é possível vivermos este pesadelo e não permitirmos a concretização de sonhos que cada Ser Humano tem direito?
Como podemos dizer que pertencemos ao grupo de Países desenvolvidos?
Não quero continuar. Só me permito dizer que sinto revolta pelo que vi e muita pena de gente, como nós, que excluímos da vida em sociedade.

7 comentários:

  1. Zé,

    Terminei a minha época de exames. Tanto trabalho, mas tudo correu bem. Quanto à ausência,estou certa que me perdoa.

    Lembrei-me do quanto me entristece escutar as pessoas mais idosas falando do desgosto que é não saber ler e escrever.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Elisabete,
    Fico feliz por ter terminado os exames e tudo ter corrido bem. Quem trabalha sempre tem a sua recompensa.
    Tem razão quanto aos idosos que não sabem ler nem escrever porque não tiveram oportunidade de frequentar a Escola. Mais triste é ainda vermos grupos de adolescentes e jovens que, tendo todas as oportunidades não deixam de continuar analfabetos funcionais, ou como se diz hoje, sofrendo de iliteracia.
    Beijinho e boas férias
    Caldeira

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  4. Zé,
    Que bom vir aqui e ler um texto de uma indignação bem escrita.
    Te deixo um abraço forte, eu nunca me esqueço de você.
    Bjs.

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  5. Olá Silviah!
    Ainda bem que apareceu, estava cheio de saudades.
    Não tenho tido net. Um problema complicado tem sido um inferno porque ora aparece e depois cai. Estou a ver se consigo que agora isto esteja resolvido. Já lá vai um mês que ando nisto.
    Muitos beijinhos de muitas saudades.
    Caldeira

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  6. Eu vi essa reportagem e também fiquei revoltada mas ela acabou por dar razão ao que penso sobre a escolaridade obrigatória até aos 16 (é assim ainda?) Se o miúdo não tem vontade de aprender vao aprender porque é obrigado a estar lá? Não. Melhor seria encaminha-lo para o que ele gosta e faze-lo produzir. Esses miúdos não gostam da escola portanto apenas andam lá a gastar e a ganhar maus hábitos.
    Excelente tema.
    Beijinhos

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  7. Brown Eyes,
    Não posso estar mais de acordo. A Escola é, ou deve ser, um lugar para se aprender coisas úteis à vida, não um purgatório por onde tem de se passar.
    Beijinhos
    Caldeira

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