quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Testamento Vital "Eutanásia"

Por dever de consciência devo alertar os meus leitores que tenho muitas dúvidas sobre o tema em questão. Não costumo ser NIM mas, nesta situação, não consigo ser objectivo.
Outro alerta se impõe. Por princípio sou um céptico sobre os actuais investigadores ou cientistas, como quiserem. Admito ser injusto para com alguns ao generalizar esta posição mas, desde que conheço teses de doutoramento e pós-doutoramento plagiadas por pessoas que deveriam ser insuspeitas, obrigam-me a esta atitude.
Então vamos ao tema. Li um livro de uma cientista que se enquadra na excepção que admito existir, Maria Filomena Mónica, uma moça da minha idade, por quem tenho respeito, consideração e admiração sobre a "Morte". Acto, no politicamente correcto, considerado de justiça, estar nas mãos de cada um e ao sabor da (in)felicidade do momento, decidir sobre a própria vida ou morte. Como se não houvesse ao longo da vida atitudes e decisões de que mais tarde nos arrependemos ou nos felicitamos. Aqui entronca o meu NIM. 
Mas gostei de ouvir há dias na televisão a nossa cientista defender o seu posicionamento a favor do sim à morte medicamente assistida - forma bonita de dizer uma coisa horrível - e nem sequer me atrevo a contestar.  Disse, porém, algumas coisas que gostei de ouvir. Uma foi sobre a formação que as sociedades contemporâneas recebem das gerações mais velhas e aí apontava o dedo ao falhanço total da família sem Valores Éticos e Morais. Outra foi a afirmação categórica de que o ser humano é intrinsecamente mau e bom, simultâneamente. Mais uma foi a demonstração da parte má do ser humano com as imagens de vandalismo no Reino Unido, não aceitando tais actos como revolta contra as injustiças sociais ou com as dificuldades económicas.
Uma última que me deixou a pensar e que me apetecia propor-lhe o desafio. Ela afirmou que tinha tido uma formação cristã enquanto adolescente e jovem mas agora era ateia. Ora aqui é que a porca torce o rabo. Como é que uma pessoa tão culta, tão inteligente, tão introspectiva diz  esta atoarda, em minha modesta opinião, está bem de ver? Como é que diz não acreditar em Deus e, ao mesmo tempo, admitir que existe? Como é que é ateia e dar relevância ao facto de uma formação religiosa ser uma salvaguarda para evitar desmandos e sociedades sem Valores? Vivesse eu em Lisboa e teria muito gosto em derimir argumentos com esta Senhora com "S" grande. Até para ver se um conseguia deixar de ser NIM e passava a ser SIM ou Não.

2 comentários:

  1. Oi Zé, que saudade, tenho andado ausente, peço desculpas, mas nunca me esqueço de você.
    Olha o texto acima é muito interessante e polêmico, a Eutanásia, eu sou contra, pois acredito que só Deus pode dar e tirar a vida de alguém, só Ele tem o poder da "Última palavra".
    Um Abraço Zé!.

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  2. Olá Silviah,
    Que prazer grande voltar a sentir você por aqui. Já tinha imensas saudades. Eu também nunca me esqueço de você.
    Sabe que este é um assunto que está em debate aqui na nossa Assembleia da República suscitado por deputados que não se interessam pela sociedade e se entretêm com coisas que são do foro íntimo individual. A Catedrática que foi o mote para eu escrever este texto é uma pessoa que conheço bem e por quem tenho admiração e respeito por isso gostaria de discutir o assunto com ele frente a frente, por que eu concordo contigo "a Deus a última Palavra".
    Beijinhos
    Caldeira

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