segunda-feira, 24 de março de 2014

Pura distracção...


Para distrair…
Oh! Compadre não quer lá ver
O que o povo anda a dizer:
Que agora é que vai ser,
A crise a desaparecer,
O emprego a crescer,
A vida a melhorar.

Até se vai poder viajar,
Pró Brasil ou pr’a Paris.
No Brasil temos o Lula a ajudar.

Em Paris vem o Sócrates dar lições,
De como fazer milhões,
Mesmo sem puxar dos galões,
De político em Portugal.

Basta saber viver de expedientes,
Ir a umas aulas à Universidade,
E através de cunhas e conhecimentos,
De figurantes  e alguns atrevimentos,
Conseguir sem trabalho nem suor,
Fazer mais do que outros alunos e melhor.

O mestrado em coisa tão vasta,
A confiança no Mundo,
Mesmo que este vá ao fundo,
Que nenhum saber basta.

Para ser específico e concreto,
Então escreve-se um livro discreto,
Apoiado pela Fundação Soares,
Que teve pagar os favores de lhe dares
Dinheiro a rodo, por coisa nenhuma,
Fundação que o povo paga sem obra alguma,
De quem nada faz de substancial,
Nada para o bem e tudo para o mal,
Visto que não passa de trapaça.

Como outras que pela vida fora,
Fizera em todo o lugar e hora,
Usando o que é do povo em seu favor,
Mesmo depois de se saber que tal labor,
Nada teve de altruísta ou pendor,
Na prática do bem maior,
Que é fazer o semelhante feliz.

Ele que desde petiz,
Sempre teve de tudo,
Do bom e do melhor,
Sem esforço nem suor
Mas que o pai padre lhe deu.

Depois o Estado que julga seu,
Lhe permitiu ser usuário,
Do trabalho e do salário,
Dos pobres trabalhadores,
Em nome de quem diz lutar.

Mas afinal o resultado,
Não é mais que um ultraje,
Como quando disse:
“desapareça sr. Guarda”,
Sem respeito ou consideração,
Pelo lugar que ocupava na Nação,
Pelo Povo que o elegeu e protegeu,
Como se de Deus se tratasse,
Quando afinal o plebeu,
Não merece tal céu,
Nem um inferno qualquer.

Por isso manda a mulher,
Arranjar mais uns cobres,
Numa fundação para pobres,
Que nunca viram nenhum,
Mas serve sempre para algum,
Da camarilha se aproveitar.

Porque tal dinheiro é oferta,
Desse povo que não desperta,
De tamanha modorra,
Não vendo que são da Camorra,
Os bens por eles arranjados,
Não podendo ser despejados,
Porque são donos do País,
Onde nem têm raiz.

Mas desde que cá meteram o nariz,
Sempre souberam aproveitar,
A benevolência popular,
Para tal família aturar,
Sem ao menos recalcitrar.

De tanta desfaçatez e roubalheira,
É assim desta maneira,
Que se vive neste País,
Idolatrando pantomineiros,
Como se fossem os primeiros,
A pugnar pela Justiça.

Mas afinal eles só são useiros,
Em se aproveitar da clemência,
De quem da indulgência,
Faz prática quotidiana,
Todos os dias e semana,
Meses e até anos.

Apesar dos desenganos,
E dos falsos espartanos,
Que se mostram como fulanos,
Sem carácter nem tutano,
Para serem governantes a sério,
Levar o país para o etéreo,
Bem estar, até riqueza solidária,

Numa Pátria que não quer ser perdulária.


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