sábado, 19 de dezembro de 2015

Inquietação

"Vemos ouvimos e lemos não podemos ignorar" e isso deixa-nos inquieto. O espírito em ebulição. São os dramas familiares onde pontifica a violência doméstica ou a doença grave. O desemprego e a falta do mínimo indispensável para uma Ceia de Natal condigna.
A guerra e as suas terríveis consequências. Os lucros indecorosos de traficantes de várias espécies, desde drogas a armas passando por influências e abusos de Poder.
No tempo de Jesus - no tempo em que andou por este mundo em corpo e alma - os Sacerdotes, os Escribas e os poderosos do seu tempo produziam pobres e enriqueciam. Hoje não estamos longe disso, talvez até seja pior.
Estamos em época natalícia e já é um lugar comum desejar-se paz, abundância de saúde e de bens materiais. E esse desejo é recíproco até parece sincero mas o que vemos, na prática? Cada vez mais desordem mais oportunismo, mais ladroagem mais parasitas a sugarem o suor do outro.
Não sei se é pedir muito mas queria desejar, do coração, a todos os meus familiares e amigos a melhor saúde, a mais santa paz, a melhor realização pessoal e profissional e a mais doce vivência natalícia.
Mas tenho medo. Os casos do anterior governo deixaram-me marcas. Enquanto os ricos ficaram muito mais ricos os desgraçados do trabalhadores perderam os seus direitos e os seus rendimentos. O mesmo aconteceu aos pensionistas e a Banca delapidou um incalculável número de dinheiro que, depois de roubado, foi enviado para o estrangeiro deixando o País muito mais pobre. Mas, se isto aconteceu com o anterior Governo o actual não me dá garantias nenhumas. É ver-se o que está a acontecer com os Mercados, com a desconfiança de Bruxelas, com o Poder inusitado da CGTP que sendo uma hipotética organização dos trabalhadores é que, de facto, prejudica os que trabalham e muitos daqueles que, querendo trabalhar, não conseguem arranjar emprego.
Preocupa-me os desvarios das Empresas Públicas mal administradas e sem responsabilização dos seus dirigentes. Deixam-me ansioso as Empresas Privadas que só têm na mira o Lucro fácil não respeitando nem valorizando os seus melhores activos que são os trabalhadores.
E todo um rol de preocupações que não vejo serem adoptadas quer pelos directamente interessados quer pelos que deveriam ser factor de equilíbrio e verdadeiramente fiscalizadores.
A nível internacional já nem é novidade aflige-me a questão dos refugiados da fome e da guerra e o radicalismo Islamita.
Que o Senhor Deus nos ilumine para que cada um de nós faça a nossa parte para termos, no próximo ano, um Mundo melhor para todos.

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