segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Sem abrigo

  SEM ABRIGO...


Aproxima-se o frio, o temporal,

O pardalito apressa-se a fazer o ninho,

Para se abrigar mais o seu filhinho,

Dum vento que lhe pode fazer mal.


Mas há humanos que não têm tal ventura,

Não têm espaço, material, para fazer casa,

Onde se possam abrigar, falta-lhe golpe d'asa,

Que lhe permita uma vida sem amargura.


Por isso vivem ao relento, calor ou vento,

Chuva, frio de rachar, o que é injusto,

Se até as aves têm abrigo e conforto,


E os filhos de Deus, tratados como aborto,

Por quem é egoísta, tirano, um susto,

Que não tem atitude para além do lamento.


Zé Rainho.

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