sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Olhai as aves do Céu...

Acordo com o chilrear de um passarinho,
Que na minha janela teima em cantar.
Quando regressa com o almoço no biquinho,
Para os filhos que no ninho estão a esperar.

Uma vida de liberdade e de bênção,
Que nas Escrituras o Criador mostrou,
Ao Homem que na sua desmedida ambição,
Não necessitaria da labuta que ousou.

Mas o Ter é pedra angular,
Na vida destes tempos modernos!
Que levam a dias tristes e a anular
A alegria que merecem os homens hodiernos.

Novos caminhos para uma vida mais feliz,
Menos haveres, mais saberes e mais bondade.
Entre todos os seres humanos com cariz.

Que tenham da vida uma visão da actualidade,
Na sua dimensão de ser vivo superior,
Que apenas deve confiar na dimensão do seu Senhor.

12 comentários:

  1. Boa noite Zé, cá estou pondo minhas leituras em dia, muito lindo e de uma forte sensibilidade este soneto, sou feliz por isso.
    A natureza é uma forte aliada dos poetas.
    Beijos.

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  2. Olá Silviah,
    Ainda bem que aparece por estes sítios. As ligações à NET por essas bandas devem ser difíceis.
    Muito obrigado pelas palavras e por ter gostado. Ontem deu-me para postar dois, de uma só vez. Tenho pressa de aprender.
    Beijos
    Caldeira

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  3. Zé, pus a leitura em dia...
    O seu texto sobre a "dança" está excelente.Palavra!
    Apaz-me muito também vê-lo preocupado com os problemas socias...

    Abraço

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  4. Ora viva Ibel,
    Ainda bem que aparece por aqui. Fico feliz por ter gostado do texto sobre a dança.
    Quanto aos problemas sociais são a minha principal preocupação. Não consigo ficar indiferente à fome das crianças e dos velhos. Não consigo engolir o esbanjamento por Institutos e Empresas Públicas inúteis, só para sustentarem os "boys" dos governos (deste e dos anteriores. Isso tira-me do sério.
    Abraço
    caldeira

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  5. Zé,

    É mais do que um poema o que escreveu... é o desejo do acordar dos Homens na liberdade da voz dos pássaros que usufruem da sua existência vivendo-a na mais pura noção do SER...

    Recordei o poisar de um pardalito no parapeito da minha janela onde só o vidro nos impunha o limite. E até sentir a minha presença, pude olhá-lo nos olhos e tentar "entrar" nas suas preocupações... mas em vão, pois foi só beleza o que vi...

    Sem mais palavras, Zé! Continue a escrever e a preencher a vida da sua verdadeira beleza... quem sabe um dia acordaremos... a tempo!

    Beijinhos!

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  6. Zé,
    Leio os comentários e fico satisfeito com os elogios que te são dirigidos. De meu, cá bem do fundo, deixo-te o meu abraço sincero.

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  7. Zé,
    tem passarinho? gosto de certeza.
    beijo

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  8. JB,
    Obrigado por concordar comigo. Que é preciso acordar não tenho dúvidas. Que calar é consentir também não. Vamos à luta. Cá por mim farei o que estiver ao meu alcance.
    Beijinho
    Caldeira

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  9. Agostinho,
    Obrigado pelo teu sentimento para comigo. Sabes que é recíproco.
    Grande abraço
    Caldeira

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  10. Em@,
    Basta ter passarinho para ser um gosto não é verdade?
    Beijos
    Caldeira

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  11. Zé começaste há pouco a escrever poemas, não foi? Já neste blog, não parece, diria que os fazes de sempre. Falando agora na ideia que este poema encerra: Só sou feliz no meio da natureza, cada vez mais ela me preenche, cada vez a estimo mais, cada vez a acho mais imensa, poderosa e superior. Beijinhos

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  12. Brown Eyes,
    Tens razão há muito pouco tempo que me tenho aventurado por este tipo de escrita. Sinto-me titubeante nesta modalidade mas gosto imenso e, por isso, vou tentando. Tenho consciência de que tenho muito a aprender, mas tenho muita vontade. Por isso vou fazendo estas coisas a que não me atrevo a chamar poemas mas que me dão gozo fazer.
    A Natureza é de facto, também, a minha paixão. Fascinam-me as coisas simples da mesma. Também a sua grandeza.
    Beijinhos
    Caldeira

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