sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Os barriga cheia e os barriga vazia!...

As náuseas que sinto de tanto apertar o cinto,
Que não tem mais furos nem cabedal,
Quase sem forças p'ra ouvir, não minto,
As escabrosas proclamações de tanto animal.

Sem vergonha, pudor, respeito, mínimo, intelectual,
Da tribuna debitam frases bacocas, vazias, de absinto,
Para fazer manchete, no dia, em qualquer jornal,
Sem pensarem naqueles que, ingénuos, os pôs no plinto.

E ver os administradores públicos a esbanjar,
O que faz falta a muito trabalhador inteligente,
Que vive na infinita miséria, a corda a esticar,
P'ra ver se não se torna mais um indigente.

Dizer que a culpa é de todos, porque pelo povo eleitos,
É, no mínimo, despudor e desatenção dos dizentes,
 Porque do engano, os proponentes, fizeram seus preitos.

E não se diga que têm razão, que são honestos e escorreitos,
As alimárias, os madraços, os aldrabões, os incompetentes,
Já que p'ra mais não servem do que usar o Poder e seus Proveitos.

5 comentários:

  1. Que desabafo Zé! penso que a nossa satistação é por á público a nossa insatisfação.
    beijos.

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  2. Ora viva Silviah,
    Ontem foi dia de debates parlamentares que desnorteiam qualquer ser de bom senso. Trazem revolta. Necessita-se de intervenção urgente na vida pública nacional antes que este País vá ao fundo.
    Beijinhos
    Caldeira

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  3. Zé, pus a leitura em dia...
    O seu texto sobre a "dança" está excelente.Palavra!

    Abraço

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  4. Ibel,
    Ainda bem que gostou. Fico feliz por isso.
    Beijo
    Caldeira

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  5. Zé pois é, estamos fartos mas fartos de apertar o cinto de fazer contas, de ver tudo a subir, principalmente os produtos básicos e de ouvirmos baboseiras de políticos loucos mas, este povo parece hipnotizado, está completamente hipnotizado, deixou de sentir.
    Beijinhos

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