terça-feira, 9 de julho de 2024

AMBIENTE!

 

AMBIENTE!

Ninguém de bom senso deixará, por certo, de estar atento ao ambiente e à sustentabilidade do Planeta porque é a nossa casa comum e é a única que possuímos. Cada um tem o dever de fazer a sua parte para a preservação local e global e, para isso, tem de tomar as melhores opções de vida relativamente à pegada ecológica que quer deixar para o futuro. Até aqui toda a gente de acordo, não?

Vamos então ao passo seguinte. Há, nesta conjuntura local e global, pessoas com conhecimento, valor e sensibilidade para, com uma comunicação acessível, fazer entender o outro das razões que levam ao insistente e indispensável alerta para as causas ambientais e, por isso mesmo, merecem o nosso respeito, a nossa admiração e a nossa adesão aos seus ensinamentos. Mas há também os lobistas que procuram manipular opiniões e situações com vista ao lucro próprio ou de quem lhes paga. Estes merecem, também por isso, o mais profundo desprezo pela sua mensagem e pelas suas acções.

Na nossa praça têm pouca voz os primeiros e muito espaço, tempo e meios, os segundos. Intitulam-se, muitos deles de “ambientalistas”. Estão organizados em associações e organizações nunca escrutinadas e muito menos fiscalizadas pelos poderes públicos, mas com muito poder de influência nos meandros desses, mesmos, poderes.

É fácil compreender aquilo que vemos e experienciamos com os nossos próprios sentidos, e como não vivemos numa bolha, vamos vendo, mais vezes do que gostaríamos, manchas negras de grandes dimensões, espalhadas pela paisagem, que nos preocupam.

Perante aquilo que, em nosso entender, é um gravíssimo atentado ambiental estão a espalhar-se por este maravilhoso país verde, centrais fotovoltaicas que, quem vê, mais lhe parecem lagos negros onde antes eram árvores, arbustos e erva verde e os ditos “ambientalistas” sobre isto, dizem nada. Ou por outra, vêm com uma narrativa de que é energia verde, sustentável, necessária à transição energética e outras frases bombásticas, para papalvo engolir e acreditar.

Nós que não percebemos nada do assunto resta-nos perguntar: Então será que cortar árvores, rotear terrenos aráveis e transformar esses espaços em desertos, que eliminam qualquer tipo de vida, animal, vegetal, insectívora, que destrói ecossistemas vivos e com vida, contribui para a sustentabilidade do planeta?

Então a tal energia verde que nos parece, de todo, indispensável, não poderia ser produzida em telhados, terraços, estradas e outros locais expostos a mais horas de sol e que só pelo facto de serem espaços intervencionados pelo Homem já não têm outra utilidade para além daquela para a qual foram construídos, sem haver necessidade de arrasar terrenos fonte de recursos alimentares, oxigénio e outros?

Temos visto indivíduos pertencentes a algumas associações e organizações “ambientalistas” que bloqueiam tudo com pareceres de impacto ambiental negativo hoje sim e amanhã não, de duvidosa pertinência científica, e se transformam, com esses pareceres em verdadeiros carrascos do desenvolvimento nacional. Basta termos memória do parecer, datado, sobre a localização do aeroporto no Montijo que não, depois sim, mas, que caducou ao fim de alguns anos sem que a localização e as circunstâncias se tenham alterado, no entanto sobre este atentado ambiental, visual e nefasto para o ecossistema vivo, não aparecem com nenhuma objecção.

Isto para não falar naquela coisa chamada "climáximo" composto por uns jovens violentos incapazes de produzir algo, mas muito activos na destruição do que os outros constroem ou construíram.

Será que estão a ser sustentados pelas grandes empresas detentoras daquele nicho de mercado?

Como não temos qualquer tipo de poder sobre o assunto deixamos as questões para quem saiba, possa e queira responder.

6/07/2024

Zé Rainho   

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