quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Desconhecido!

 

DESCONHECIDO!

O desconhecido mete medo. Constrange, inibe, bloqueia, paralisa. Mas o medo assumido e reconhecido, anda de mãos dadas com a coragem e esta é arrojada, aventureira, inovadora. Por isso enfrenta o medo sem desfalecimentos e vence todos os obstáculos.

A comunicação social, em todo o mundo, bombardeia, constantemente, o público, com notícias catastróficas iminentes, por causa do Trump. Até pode ser, porque de indivíduos instáveis só se pode esperar instabilidade, mas não será já a altura de se esquecerem da personagem e deixarem de instigar o medo na população?

Deixem lá. Cada problema tem a sua solução. Cada crise a sua oportunidade. O que for soará. Não nos imponham uma agenda mediática de que tudo tem de girar à volta da América e do seu presidente. Como diria o outro, há mais mundo para além da América. Há mais vida para além de Trump. Esqueçam-se do Trump e permitam, também, que nos esqueçamos da sua estúpida existência.

Deixem-nos sonhar, como o Infante D. Henrique. Como o D. João II. Como o D. Manuel I. Como o Gama. Como o Cabral e tantos outros que, como dizia o maior vate português, Camões, “se vão da lei da morte libertando” e através da acção possamos encarar o desconhecido sem medo, com confiança, com a certeza de melhores dias e melhores mundos virão.

Os tempos não são fáceis, mas não nos deixemos manietar pelas dificuldades. Vale mais morrer de pé do que viver permanentemente de joelhos.

Dizia o meu saudoso pai que “atrás do tempo, tempo vem” e é preciso encará-lo com frontalidade, com determinação, com vontade de vencer. Não pela força ou pela violência, mas pela persuasão, pela argumentação, pela solidariedade, pelo amor. O desconhecido pode vir a ser um amigo, um irmão. Pode ser um novo horizonte, uma descoberta, uma oportunidade de melhorar.

O desconhecido, em vez de meter medo, pode ser um acicate para a aventura, para a descoberta, para o avanço nas relações humanas, para a cooperação, para o desenvolvimento e para o bem-estar.

Não nos deixemos paralisar pelo medo. Ousemos.

23/01/2025

Zé Rainho  

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