ELEIÇÕES!
O País vive em constante período eleitoral. Ora são
legislativas, ora autárquicas, mesmo presidenciais, quando não se fala das
regionais.
É bom, porque isto é sinónimo de que vivemos em democracia. Já
não será tão útil viver em permanente campanha eleitoral, sem tempo para a realização
de tarefas indispensáveis à evolução do país, no sentido do desenvolvimento económico
e do bem-estar social.
No ano transacto tivemos legislativas. Neste, vamos ter
regionais na Madeira e autárquicas nacionais. Entretanto, a comunicação social
não se cansa de trazer para o tema do dia, as Presidenciais do próximo ano.
Ainda não há candidatos, excepção do Chega e daquele presidente do sindicato híbrido
dos professores, mas já são apresentados vários putativos candidatos, com possibilidades
reais de ser eleitos, porque serão apoiados pelos maiores partidos políticos
portugueses. E, nesta circunstância, já apareceram os detractores de António
José Seguro e de Gouveia e Melo. Ao primeiro tentam colar-lhe o epíteto de
indeciso e ao último o sebastianismo de homem providencial por ser militar.
Ora, tudo isto não é ingénuo. É, antes, uma forma de limitar
os direitos destes candidatos de se poderem mostrar ao povo com as suas ideias
sobre o país e sobre o cargo a que, hipoteticamente, se candidatam.
Não é justo, para nenhum deles, este comportamento da
comunicação social. Não ajuda nada ao esclarecimento popular e, muito menos,
tem relevância para as eleições. Qualquer destes protocandidatos têm o direito
de tomar as decisões que quiserem sem qualquer tipo de condicionalismo, porque
ambos são maiores de 35 anos de idade e estão no pleno direito que a
Constituição que lhes confere.
Nem a propósito, lá vem, mais uma vez, a televisão a dar
destaque às ideias do batráquio de que é preciso fazer directas no PS para
escolher o candidato do partido. Noutro canal televisivo aparece mais uma
alimária a dizer que o Partido tem candidatos melhores do que o Tó Zé. Não há
dúvida que está montada uma campanha para limitar e condicionar a decisão deste
e, mesmo que decida concorrer, limitar as suas possibilidades.
Se tivermos em conta que o Marcelo disse, acerca do Costa que
eram felizes e não sabiam. Que o Costa era um urbano previsível e que o
Montenegro é um rural imprevisível, não será estultício pensar que os betinhos de
Lisboa e da Linha de Cascais, não gostam dos portugueses das restantes regiões
do país.
Enquanto os betos mandarem no País este não passará da cepa
torta, mesmo com os milhões da Europa.
11/1/2025
Zé Rainho
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