quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Alternância!

 E assim se Vota…

Sente-se, vive-se, muito profundamente,
Não se sabe o quê, o como, o estado doente,
Não se verbaliza, nem se diz ou concretiza,
O que a alma dolorida, solitária, triste, consente.
Quisera ser livre de acção, opção, movimento,
Para gritar bem alto, bom som, a raiva, a dor, o sofrimento.
Clamando contra a injustiça, o impudor, o saque, o esbulho
Que alguns, por culpa exclusivamente nossa, fazem com atrevimento.
Não sei se por ingenuidade, negligência, burrice ou comodismo,
Por hábito, costume, indiferença, desconhecimento ou clubismo,
A verdade é que não se procura a alternativa, aposta-se na alternância;
E qual o resultado, do passado próximo, ou do futuro incerto,
Mais miséria, pobreza extrema, desânimo, desalento, infortúnio certo.
Porque a corja muda de cor mas não de procedimento, na substância.
Meimoa Dezº 2012
José Rainho Caldeira

Sem comentários:

Enviar um comentário