sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

VOTOS PARA 2024!

 


VOTOS PARA 2024!

No último dia útil de 2023 poderia fazer um pequeno balanço do que se viveu neste ano e começar por abordar o caos que se vive no Serviço Nacional de Saúde e no desastre, de proporções incalculáveis, que se passa com a educação em Portugal, mas não quero ir por aí, porque me interessa mais o futuro do que o passado e quero pedir ao Poder, seja ele exercido porque partido ou partidos for, para o ano 2024 algumas pequenas coisas. Senhores políticos façam-me lá esse favor, porque está ao vosso alcance.

O futuro é dos novos não é dos velhos, por isso vamos lá ver se invertemos a destruição e reconstruímos todo o edifício da educação que o individuo da bengala nos deixa. Permitam-me um parêntesis: nunca percebi porque que é que um primeiro-ministro vai buscar uma pessoa cuja formação é em linguística, para um sector vital de qualquer sociedade com futuro, em vez de recrutar quem saiba, verdadeiramente, do assunto, que são as ciências da educação? O homem pode ser muito sabedor e competente na sua área, mas não deixa de ser uma nódoa na educação e os resultados comprovam-no.

Peço ao novo governo que escolha, para a Educação, uma pessoa competente, arrojada, capaz de lutar contra os idiotas que propagandeiam e exigem o facilitismo em vez da exigência, a mediocridade em vez da excelência, o amorfismo em vez da singularidade. Que autonomize e responsabilize as escolas sobre a forma como ensina os seus alunos, dando-lhe condições materiais e humanas, para que cumpra a sua função de ensinar, sem discriminar, incluir sem excluir, libertar sem castrar a criatividade e o ritmo de cada aluno.

Peço ao novo governo que olhe para o sistema nacional de saúde no sentido da prevenção, já que não tem condições para a remediação. Que aposte nos cuidados continuados para libertar os hospitais que estão vocacionados para outras funções mais urgentes e específicas. Que a cada um sejam dados o conforto e o cuidado que precisa.

Peço ao novo governo que recomende à segurança social que olhe para os mais desfavorecidos e minimize o sofrimento de quem não consegue sobreviver com um mínimo de dignidade. Que à parte que lhe cabe na responsabilidade quanto ao emprego obrigue, os que não querem trabalhar e o podem fazer, a procurar emprego seja em área ou sector de trabalho for, para não subsidiar a preguiça.

Peço ao novo governo que recomende às infra-estruturas que se deixe de socorrer empresas falidas como a TAP, a EFACEC e outras similares, porque os impostos que todos nós pagamos não podem servir para que alguns vivam à custa de todos.

Peço ao novo primeiro-ministro que se deixe de armar em rico e não aplique o pouco dinheiro que temos na reconstrução de património cultural de países estrageiros e o aplique no nosso. Não seja como o actual, que doou 34 milhões de euros a Angola para recuperar um património que foram os portugueses que construíram, mas que agora é só pertença dos angolanos.

Por fim peço aos partidos políticos, todos os partidos políticos, que sejam parcimoniosos nos gastos da campanha eleitoral. Que informem com clareza e com verdade o que pretendem e são capazes de fazer quando chegarem ao poder e não nos vendam a banha da cobra, porque já não conseguimos acreditar nessa conversa fiada.

Mesmo para terminar, não peço mais nada, mas desejo a todos os portugueses – não me venham com essa de portuguesas que agora está na moda, porque o substantivo neutro as engloba sem necessidade de as mencionar – um 2024 repleto da maior felicidade e com muita saúde. Para o mundo todo, desejo paz e prosperidade.

29/12/2023

Zé Rainho

 

 

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