quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Estórias de vidas 7


A etapa da vida do Rainho que se inicia em Março de 1956, nesta fazenda do Norte de Angola onde a paisagem era luxuriante, próximo das Quedas do Duque de Bragança, quais cataratas do Niágara, em ponto mais pequeno, mas mesmo assim imponentes, traz consigo vivências que são fruto de aprendizagem que não desperdiça.

O Paiva leva o miúdo para trás do balcão da loja que tudo de básico possuía para a vida naquela região. Ensina-lhe a consultar os preços, dos diferentes artigos, escritos em tabelas dispostas por ordem alfabética num volumoso dossier.

Ensina-lhe a estar atento aos movimentos dos clientes para que não haja tentação de qualquer acto fraudulento.

Diz-lhe que deve ser atencioso sem nunca descurar que o estabelecimento deve gerar lucro e que a boa compra permite melhor venda. Esta máxima serve para todos, desde o indígena que quer vender uns parcos quilos de milho, jinguba, farinha de mandioca, um cacho de bananas ou mesmo uma galinha até ao vendedor branco de peças de tecido ou outros.

Dá-lhe indicações para que, quando não há clientes, se arrumem nas respectivas prateleiras, os produtos trazidos até ao balcão corrido para a escolha dos clientes.

Mostra-lhe a máquina de escrever, uma velha Remington de teclado HCESAR, o designado teclado nacional, porque o internacional fora, desde sempre o AZERT, e diz-lhe que quando tiver tempo pratique para poder escrever cartas ou outros documentos necessários na vida. Não lhe ensinou a escrever. Não lhe ministrou técnicas pôs-lhe à disposição a ferramenta que ele deveria explorar e dominar.

Disse-lhe, igualmente, que por este trabalho não receberia nada pois o pagamento seria a aprendizagem que faria para ser alguém na vida. O pai ganhava para que a família tivesse casa, todos os produtos que a fazenda dava para a alimentação de todos e que tudo o que comprasse na loja seria a preço de custo.

Deve dizer-se que o Paiva era um cinquentão robusto, seco de carnes, com alguns cabelos brancos e algo brusco, ou talvez pragmático, como se diria hoje, na abordagem das relações interpessoais. Sabia mostrar ser duro quer na condução dos negócios, quer na relação com empregados e mesmo com a esposa.

Tinha quatro filhos. Duas raparigas de 14 e 16 anos, que estudavam no colégio das freiras S. José de Cluny, em Luanda que o Rainho nunca conheceu, apenas soube da sua existência por conversas ouvidas. Mais dois filhos pequenos, um de quatro anos e outro de seis, que brincavam por todo o espaço da casa, da loja, do armazém e do pátio, sempre guardados de perto por um rapazola indígena.

A esposa, mulher linda, viçosa, na força da vida, que não teria mais do que a idade da mãe do Zinho, trinta e poucos anos vivia a cirandar pela casa dando ordens ao cozinheiro e demais criados invectivando-os a que tudo estivesse no ponto para não desagradar ao patrão.

Nascida e criada por aquelas bandas, filha de pais pobres, nunca foi à escola e, por isso não sabia ler nem escrever. Fora dada em casamento, à boa moda medieval, ao fazendeiro rico, para assegurar um futuro melhor para si e para os seus, incluindo os pais.

Habituada àquele clima quente, usava vestidos de tecido muito fino, fresco, quase transparente, sem mangas e bastante decotados, deixando antever a raiz de uns seios fartos e rijos, bem como umas pernas bem torneadas e fortes. Tinha cabelos loiros, lábios carnudos e faces de uma tez um pouco pálida mas de pele sedosa. Com aquela figura ninguém diria que já era mãe de quatro filhos. Visto à distância quase se podia afirmar que era o bibelot do velho. Ela, por sua vez, aparentava ter receio dele. Um respeito maior do que se fosse seu pai. Uma submissão que, sendo habitual nos mais velhos, não se adequava à sua idade. Aparentava ter tudo o que o dinheiro compra, menos amor.

O Rainho, na sua timidez, educação e vontade de aprender e agradar, tudo fazia solícito junto de todos, incluindo os empregados indígenas que mais perto de si viviam e trabalhavam, como era o caso do motorista, que o era de facto, mas nem sequer tinha carta de condução, daí só conduzir nos limites da fazenda ou em picadas até próximo da estação. À senhora Rosa, a referida esposa do Paiva, tratava com muita delicadeza pelo que era correspondido com mimos diversos e confidências para as quais não estava preparado nem tinha idade para compreender.

Assim passavam os dias. O pai a trabalhar no cafezal com umas dezenas de homens que capitaneava e aos quais dava indicações de produtividade e destreza no manejo das alfaias e ferramentas agrícolas, no qual era exímio. Talvez por isso o Paiva, apesar da sua rigidez e grau de exigência, tenha demonstrado, desde a primeira hora, muita admiração e respeito, dizendo com muita frequência que o Manuel não era um agricultor de bengala, como ele conhecia muitos, talvez querendo fazer um paralelismo com o sogro que não queria, sequer, ver por perto. Dizia que finalmente encontrara um capataz em quem podia confiar, pelo seu denodo, empenhamento e saber, o que lhe deixaria tempo para todas as outras actividades que gostava de cultivar como os negócios e as caçadas com os seus vizinhos fazendeiros.

A mãe, a Rainha, tratava da casa, fazia as refeições e companhia à senhora que estava mais habituada a falar com os indígenas do que com gente da sua cor. De tal forma que se expressava mais fluentemente em quimbundo do que em português mas que encontrara na mãe do Rainho uma igual com quem podia desabafar e contar as suas mágoas e as suas alegrias.

O Rainho procurava assimilar o mais rapidamente possível tudo o que pudesse aprender naquela nova vida.

Daí a, de repente, começar a receber os elogios do senhor Paiva e mais ensinamentos ao ponto de poder saltar para dentro de uma carrinha velha cujo ronronar do motor era muito periclitante e poder andar cinco metros para a frente e cinco metros para trás sob orientação do motorista.

O mesmo se passava com a senhora que lhe pedira para a ensinar a ler pois, a sua maior ambição, naquele momento, seria poder escrever às filhas, que só via de ano a ano, já que o Paiva, que se deslocava muitas vezes a Luanda, nunca lhe permitira que o acompanhasse, nem que fosse só para visitar as filhas no colégio.

O tempo corria depressa. A casa do fazendeiro era enorme. Do tipo colonial. Um rés-do-chão elevado a pouco mais do que um metro do chão, com enormes salas, quartos e um espaço coberto de uns dois metros de largura a toda a volta. Espaço onde estavam espreguiçadeiras, cadeiras de lona e outras, com pequenas mesas, onde era possível passar um serão recebendo a brisa da noite e ouvir o batuque da sanzala que acomodava os trabalhadores indígenas.

Nestes dias de descoberta e adaptação respirava-se felicidade e a família recém-chegada do puto achava que tinha encontrado o paraíso, contrastando com a vida cheia de dificuldades e carências na aldeia de origem.

Os dias somavam-se num estreitar de amizade sempre com os conselhos do velho Paiva que não se esquecia de lembrar que todos os dias era necessário tomar o comprimido de quinino pela manhã e o de paludrine ao jantar para evitar o paludismo, doença abundante na região e no país.

O Rainho procurava, na sua inexperiência e ignorância, que a D. Rosa aprendesse a ler a escrever com rapidez, pois esse era o seu sonho e era, igualmente, uma aposta do garoto. Em abono da verdade diga-se que a vontade de ambos era tanta que ao fim de um mês a D. Rosa soletrava a maior parte das letras do alfabeto e juntava-se para formar palavras. Era inteligente e tinha muita força de vontade.

Durante o dia e sempre que não havia clientes lá ia ele matraquear na máquina de escrever, qual galinha que procura aqui e ali o grão de milho, primeiro com um dedo, depois com dois, acrescentado mais um à medida que memorizava a posição das letras, e aproveitava para escrever para a família. Em primeiro lugar para o seu Tio Zé que estava em Luanda e o correio ia no combóio que passava três vezes por semana. Depois para os avós paternos, os únicos vivos na altura, pois os maternos há muito tinham passado para a vida eterna.

Nas cartas contava-se a aventura de uma família aldeã, do interior profundo de um Portugal triste, pobre e sem futuro, que vislumbrava horizontes largos num país enorme e de incomensuráveis potencialidades.

Mas a vida, toda a vida e todas as vidas, são feitas de altos e baixos, de corridas de obstáculos que é preciso ultrapassar e que às vezes parecem intransponíveis.

Na circunstância o Rainho apanhou paludismo e esteve às portas da morte, durante oito dias, com doses reforçadas de quinino, sem acompanhamento médico, porque não havia médico, mas com a indicação do velho Paiva e da Senhora Rosa que tinham experiência destas coisas. Ao fim dos oito dias a febre foi cedendo e as melhoras eram visíveis. Foi um susto, que não passou disso mesmo, e até parece que foi um antídoto ou imunizador pois daí em diante, até à idade adulta, nunca mais teve doenças.

Revigorado, retomou as suas tarefas quer na loja, quer na casa do patrão a ensinar a D. Rosa, que a si se afeiçoou e tratava como um filho.

Enquanto isso o seu pai tornava-se, cada dia que passava, mais indispensável ao Senhor Paiva que o levava para todo o lado. Desde conhecer os limites da fazenda que, em alguns sítios tinha alguns dez quilómetros de extensão, por ela atravessando rios, estradas (melhor dizendo, picadas de terra batida), com cafezais, mangais, terreno de cultivo de milho, todo o tipo de frutos tropicais, desde o mamão, papaia, goiaba, mandioca, e também grandes extensões de jinguba (amendoim) que, conjuntamente com a farinha de milho, de mandioca e óleo de palma, constituía a base da alimentação dos indígenas.

A mãe, depois de fazer as tarefas da casa, ensinava a D. Rosa no tricot, na renda e até na feitura de simples peças de vestuário. Pode-se dizer que ali vivia uma família alargada constituída pelas duas famílias de brancos.

Os negros gostaram, sobremaneira, do Manuel, pelo que o respeitavam sem temor ao contrário do que acontecia com o Paiva que era temido mas não amado. A ponto de uma bela noite de sábado terem convidado toda a família do Manuel para uma batucada na sanzala, onde se serviu funje com galinha do campo e óleo de palma, se bebeu candingolo (aguardente de cana de açúcar, também abundante na fazenda) e se ouviram canções em quimbundo e se viram danças tradicionais. A noite demorou até de madrugada porque no dia seguinte era domingo e apenas era preciso ir à missa pelas nove horas da manhã o que, no país e na região era manhã alta, pois o Sol nascia antes das seis.

Dir-se-ia que tudo corria sobre rodas e o futuro afigurava-se risonho. Porém, há sempre um porém, ao fim de dois meses e meio, o Paiva ainda não pagara nada ao João e nem sequer lhe dissera quanto ganhava, apesar dos elogios constantes quer na lavra quer nos serões passados na casa grande. E, nesta circunstância, a Rainha todas as noites instava o marido a pedir contas ao patrão para que não lhe acontecesse o mesmo que ao irmão que ficou sem um ano de trabalho, pelo qual nunca foi ressarcido. O Manuel, coitado, apesar de reconhecer a razão da mulher tinha vergonha de enfrentar o Paiva porque se sentia agradecido por tudo o que ele lhe proporcionara até então.

A insistência era cada vez maior e o tempo cada vez se avolumava mais pelo que, não tendo más nem boas, um dia lá se decidiu pedir contas ao patrão alegando que era para pagar dívidas que deixara na Metrópole. Não sendo verdade era uma mentira que não prejudicava ninguém e servia de perfeito alibi para abordar tão delicado tema.

O Paiva prontificou-se logo a fazer as contas e a elaborar o contrato para que tudo ficasse dentro das normas e que o iria fazer no domingo próximo para não roubar tempo aos afazeres diários.

Tudo acertado esperou-se pelo dia aprazado com alguma ansiedade. O Domingo ia-se escondendo como o Sol que se punha para lá do horizonte e nada de respostas do Paiva. A angústia ia-se, igualmente, apoderando da família, porque nisto estava toda incluída, à medida que as horas se passavam. Depois do jantar, na aldeia de origem dizia-se ceia, voltaram todos para o terraço da casa grande à espera que o Paiva dissesse alguma coisa e, por fim, muito tarde, apareceu com uma pasta e um contrato escrito à máquina com três ou quatro folhas, onde se escalpelizavam os direitos e deveres dos dois contraentes. Entregue o contrato, disse o Paiva ao Manuel:- Aqui tem homem. Leve para casa e com o seu filho leia com atenção e amanhã acertaremos as contas.

Lido com muita atenção o contrato onde sobressaíam palavras como outorgantes, completamente desconhecidas do Manuel e do Rainho mas que intuíram referir-se ao nome do patrão e do Manuel, lá foram decifrando as palavras pouco habituais e concluíram que o contrato era satisfatório para o Manuel e Família. Este ficaria a ganhar dois mil e quinhentos escudos mensais, com direito a habitação e todos os alimentos que a fazenda produzisse e que tudo o que adquirisse na loja da fazenda seria a preço de custo acrescido, apenas, de dez por cento. Mais ou menos o que o Paiva tinha dito no primeiro dia só acrescentando o valor do vencimento mensal.

É evidente que todos ficaram satisfeitos pois o vencimento poderia ser considerado bastante bom para o nível de vida do país e, poder-se-ia dizer que era uma pequena fortuna se se fizesse o paralelismo com os quinze escudos diários que recebia na sua aldeia natal. Naqueles dois meses e meio, feitos os cálculos, ganhara metade do que tinham custado as passagens de navio para toda a família.

Logo ali se iniciaram as contas de cabeça e os planos, contando o tempo necessário para voltar a comprar a casa que vendera na terra natal e até algum prédio que fosse interessante adquirir na terra natal.

Sonhos. Quem não sonha? O pesadelo viria logo no dia a seguir.

Pela manhã, quando se encontraram, o patrão e o Manuel, este disse que concordava com o estipulado no contrato e que tudo estava bem mas o Paiva disse-lhe que queria essas palavras por escrito. O Manuel virou-se para o Rainho e disse-lhe: “filho faz lá uma carta a dizer ao Senhor Paiva que eu concordo com o contrato que me fez e eu, quando vier à noite, assino a carta e entrego-a ao patrão”.

O Rainho passou o dia todo, nas horas livres e também nas outras, só que de forma diferente, a matutar no que iria escrever pois não estava habituado a tais missivas. Mas mesmo assim, lá se desenvencilhou e até a escreveu à máquina, depois de ter rasgado meia dúzia de rascunhos.

Entregue a carta, o Paiva chamou o Manuel ao fim do jantar e, na presença de todos, entregou-lhe dois mil e quinhentos escudos (dois contos e meio como era vulgar designar).

O Manuel num misto de estupefacção e incredulidade olhou para o dinheiro, contou e recontou as notas e, por fim disse: “ Senhor Paiva aqui só estão dois contos e meio e eu já trabalho há mais de dois meses pelo que deveria receber, no mínimo, cinco contos”.

O Paiva, colono sabidão e pouco honesto, esquecendo todos os elogios que fez diariamente ao trabalho competente e esforçado do Manuel, disse: “Mas o primeiro mês é o mês da experiência e esse não é pago”.

Abriu-se um profundo abismo debaixo dos pés do Manuel, da sua mulher e do seu filho. A própria mulher do Paiva ficou com um ar apalermado de surpresa. Só o Paiva se mantinha sereno, tal era o hábito que adquirira de exploração de todos os que dependia dele, incluindo a mulher.

Passado o momento de total e profunda surpresa o Manuel, irado e revoltado, argumentou que tal não podia acontecer pois os elogios recebidos pressupunham não ter havido nenhum tipo de experiência, mas sim, uma mais-valia para a Fazenda pois modificara muita da rotina pouco produtiva e imprimiu uma dinâmica no trabalho e na organização, com total satisfação do pessoal e do patrão, como fora demonstrado, pelo próprio, todos os dias que ali trabalhara.

Porém, o Paiva era muito teimoso e não cedeu aos argumentos, plenamente justificados.

O Manuel tomou-se de brios, pensou muito rapidamente e disse: - Pois se não me quer pagar o mês que diz ser de experiência mesmo agora me despeço e vou-me embora. Apenas lhe peço que me deixe ficar cá em casa mais oito dias para eu organizar a viagem para Luanda. Para isso trabalharei todos os dias que cá estiver e não tem que pagar nada.

O Paiva ficou muito surpreso com a atitude do Manuel, pois pensou que um subordinado nunca colocaria em causa a sua autoridade e a sua decisão e, numa retórica cheia de maus presságios, tentou dissuadir o Manuel de tomar tal decisão. Porventura nunca esteve habituado a que alguém pusesse em causa a sua pseudo honestidade e, sobretudo, o seu poder.

Mas estava decidido e ali se despediram com alguma frieza e o Manuel lá se dirigiu mais a mulher e o filho para a sua acomodação.

Estava irritado. Muito irritado. Com um pensamento de que aquela terra era terra de ladrões. Com a experiência conhecida do que acontecera ao seu irmão Zé e agora com este “balde de água fria” começou a arrepender-se de ter decidido rumar a África. Nunca ninguém lhe fizera tal. Toda a vida tinha visto o seu trabalho e esforço reconhecido ainda que mal pago. Ali, apesar de considerar que o trabalho era razoavelmente bem pago, roubaram-lhe um mês desse mesmo trabalho. Considerou uma indignidade e isso roubou-lhe a serenidade e a alegria. Tinha consciência de que tomara uma decisão que podia ser perigosa mas, ao mesmo tempo, não podia permitir tal desrespeito, tal desconsideração.

Não conseguiu dormir. Aliás, ninguém da família conseguiu dormir naquela noite de 2 de Maio de 1956.

A angústia do porvir povoava todo o pensamento. Até porque o ordenado acordado era considerado bastante bom. Mas estava decidido.

No dia seguinte logo o Rainho escreveu uma carta ao seu Tio Zé, em nome do pai, a contar o sucedido e a dizer que os esperasse, num prazo máximo de oito dias, em Luanda.

Durou menos de oito dias a espera. O Paiva, apesar de continuar a tentar dissuadir o Manuel da decisão que ele considerava precipitada, pôs-se à disposição dando ordens ao motorista para levar o Rainho a comprar os bilhetes de combóio e a propiciar todas as facilidades para lhe agradar.

Dia oito de Maio lá embarcou a família rumo a Luanda, não sem antes o Paiva, numa jogada de charme, tentar a alteração de planos. Para tal puxou da carteira e deu ao João 700$00 (Setecentos escudos) pelos dias que trabalhou a mais, acompanhados de uma recomendação: “Manuel, se se arrepender, se não encontrar trabalho em Luanda, não se esqueça, tem sempre aqui o seu lugar”. Seguiu-se o agradecimento educado e rumaram à capital de Angola. Mais um dia de viagem de combóio.

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